ONU pede uma solução para a Barragem do Nilo
As Nações Unidas apelaram, ontem, ao Egipto, Etiópia e Sudão, para que “trabalhem em conjunto” na resolução do diferendo sobre a construção da barragem do Nilo, na Etiópia, que deverá ser analisado pelo Conselho de Segurança da ONU.
“Instamos o Egipto, a Etiópia e o Sudão a trabalharem em conjunto para intensificar os esforços no sentido de resolver pacificamente os conflitos em curso”, afirmou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, no 'briefing' diário citado pela Efe.
O porta-voz recordou “a importância da declaração de princípios de 2015 sobre a barragem” que sublinha a necessidade de uma cooperação baseada na boa-fé, no Direito Internacional e no objectivo do benefício mútuo.
A pedido do Egipto, o CS da ONU marcou para hoje uma reunião informal sobre o conflito entre os três países. No domingo, o Sudão tinha advertido para a escalada do conflito, após o fracasso das negociações sobre um acordo para o enchimento do reservatório e a entrada em funcionamento da Grande Barragem do Renascimento, localizada na Etiópia.
A Etiópia quer começar a encher o reservatório já em Julho, com ou sem o acordo dos outros dois países. O Egipto, que considera este projecto uma ameaça “existencial”, tinha apelado à intervenção do Conselho de Segurança das Nações Unidas, citando a atitude “negativa” da Etiópia e a sua “insistência em querer encher a barragem unilateralmente”.
A Etiópia considera que a barragem, de 145 metros de altura, é essencial para o seu desenvolvimento.