Jornal de Angola

91 casos positivos em 15 dias

Com as três novas infecções anunciadas ontem, o pais regista agora 189 casos positivos, dez óbitos, 77 recuperado­s e 102 activos

- Edivaldo Cristóvão e Mazarino da Cunha

Angola registou 91 casos positivos da Covid-19 nas últimas duas semanas, nove dos quais sem vínculo epidemioló­gico identifica­do, uma situação que já começa a ser preocupant­e, afirmou ontem, em Luanda, o secretário de Estado para a Saúde Pública.

Durante a conferênci­a de imprensa sobre a evolução da Covid-19 em Angola, realizada ontem, no auditório da Edições Novembro, Franco Mufinda informou que o país registou mais três casos positivos de transmissã­o local, totalizand­o agora 189.

O secretário de Estado revelou que o primeiro caso positivo anunciado ontem tem a ver com um cidadão angolano de 37 anos, morador do Kilamba Kiaxi, ligado a um dos contactos já identifica­do.

O segundo e o terceiro casos, referiu, envolvem cidadãs que saíram do cordão sanitário da Multiperfi­l, sendo uma de 35 anos, moradora no município de Belas, e outra de 27 anos, residente na Maianga.

O secretário de Estado informou que os três novos casos infectados já se encontram nos centros de tratamento de referência, em Luanda. Os contactos estão a ser localizado­s pela equipa de Resposta Rápida da Covid-19. Nesta altura, disse, alguns casos já foram encaminhad­os para os centros de quarentena institucio­nal.

Com as três infecções anunciadas ontem, o país soma agora 189 casos positivos, dez óbitos, 77 recuperado­s e 102 activos.

Franco Mufinda disse que, na globalidad­e, a transmissã­o local conta agora com 124 casos e continuam a ser feitos estudos dos vínculos epidemioló­gicos dos nove ainda não identifica­dos. Realçou que estão em quarentena institucio­nal 1.065 cidadãos, 1.359 sob vigilância epidemioló­gica e 515 estão a ser investigad­os.

De acordo com o secretário de Estado, foram feitas 21.862 amostras, sendo 189 positivas, 16.907 negativas e 4.775 estão em processame­nto. Confirmou que o Instituto Nacional de Investigaç­ão de Saúde retomou ontem as actividade­s, depois de ter ficado dois dias sem produzir testes da Covid-19 devido à contaminaç­ão de dois funcionári­os administra­tivos. Com a retomada dos serviços, nas últimas 24 horas foram processada­s 381 amostras, das quais três positivas e 378 negativas.

O Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) recebeu 57 chamadas, sendo quatro denúncias de violação da Situação de Calamidade Pública, dois alertas de casos suspeitos e 51 pedidos de informação sobre a Covid-19.

Nove cidadãos que se encontrava­m em quarentena institucio­nal tiveram alta, sendo seis em Luanda e Cabinda, Bié e Lunda-Norte tiveram uma cada. Franco Mufinda informou, ainda, que chegaram ontem ao país mais equipament­os hospitalar­es e material de biossegura­nça vindos da China, numa aquisição do Executivo para o combate à pandemia da Covid-19.

O secretário de Estado reafirmou que as autoridade­s sanitárias continuam a trabalhar na província do Cuanza-Norte, realizando trabalhos de formação, vigilância epidemioló­gica, laboratori­al e gestão de casos.

Voltou a chamar a responsabi­lidade dos cidadãos para observarem as medidas de protecção individual e colectiva.

“As pessoas devem evitar a aglomeraçã­o. É necessário repensar no novo modelo de vida nesta fase em que os números positivos da Covid-19 aumentam. O quadro está a mudar, por isso, devemos cumprir as medidas de protecção”, apelou o secretário de Estado para a Saúde Pública.

Na globalidad­e, a transmissã­o local conta agora com 124 casos e continuam a ser feitos estudos para determinar os vínculos epidemioló­gicos dos nove ainda não identifica­dos.

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M. MACHANGONG­O | EDIÇÕES NOVEMBRO

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