Jornal de Angola

Cerca de 82 por cento dos inquiridos preferem realizar o trabalho em casa

A MIRA tentou saber dos inquiridos sobre as dificuldad­es do teletrabal­ho, e dos 600 inquiridos, cerca de 16 por cento disseram que não sentiram nenhum constrangi­mento, 84 por cento confirmara­m ter algumas dificuldad­es com problemas de internet. Nos 84 por

- Ana Paulo

Numa amostra de 600 pessoas entrevista­das pela empresa de pesquisa de mercado angolana MIRA), sobre o trabalho em confinamen­to, 82 por cento dos inquiridos respondera­m estar satisfeito­s por prestarem os serviços da empresa em casa e de forma online.

Com a intenção de compreende­r o teletrabal­ho em Angola, em Maio do corrente ano, a MIRA realizou pesquisa online, auscultand­o trabalhado­res em teletrabal­ho desde o início da fase da Covid-19, com a implementa­ção do Estado de Emergência.

Nas pesquisas, um total de 82 por cento respondera­m que estão satisfeito­s em estar em teletrabal­ho, e apenas 18 por cento não estão satisfeito­s. A maioria encontra-se satisfeita com esta opção de trabalhar a partir de casa por terem maior flexibilid­ade de horário, sentirem-se mais produtivos, terem menos despesas e conseguire­m um maior equilíbrio entre a vida pessoal e familiar. Já os cidadãos que disseram não estar satisfeito­s com o teletrabal­ho são famílias com cinco ou mais filhos em casa, que com a presença dos petizes têm dificuldad­es em gerir a situação.

Outra questão que contribuiu para a satisfação dos cidadãos, foi relativame­nte a deslocaçõe­s, nesta fase. Dos 600 inquiridos cerca de 50 por cento respondera­m que poupam mais tempo se for uma hora por dia, o que é importante.

Em estado normal, na ida ao trabalho e regresso a casa, há cidadãos que demoram cerca de duas horas, e metade dos 600 inquiridos disseram que demoram mais de uma hora por dia. Aqui, fala-se de cidadãos de classe média e média alta, que estão em teletrabal­ho e não dependem de táxi por terem transporte próprio.

A MIRA tentou saber ainda dos inquiridos as dificuldad­es do teletrabal­ho, e na amostra total dos inquiridos 16 por cento disseram que não sentiram nenhum constrangi­mento e 84 por cento confirmara­m ter algumas dificuldad­es, dentre elas, as relacionad­as em gerir a vida pessoal com o trabalho e problemas com a internet. Nestes 84 por cento, cerca de 27 por cento especifica­ram como dificuldad­es a presença das crianças em casa. Em declaraçõe­s ao Jornal

de Angola, a directora geral e partner da MIRA, Filipa Oliveira, disse que, ainda no mês de Maio, foi perguntado aos 600 inquiridos, desde o confinamen­to, quantas vezes por semana têm saído de casa, e 16 por cento respondera­m que saíam todos os dias e, neste grupo - acrescento­u - os homens saem mais que as mulheres.

Em relação aos rendimento­s no agregado familiar, segundo Filipa Oliveira, dos 600 inquiridos, cerca de 79 por cento confirmara­m que houve redução. “Outro estudo feito, foi que 84 por cento dos inquiridos disseram que sentem a falta de interacção com os colegas de trabalho, e no futuro, cerca de 64 por cento gostaria de uma opção combinada, e é muito notório, já que apenas 16 por cento querem ficar em teletrabal­ho e 19 por cento querem ficar no local de trabalho”, destacou Filipa Oliveira.

“Aqueles que querem uma opção combinada, 61 por cento, gostariam de ficar em teletrabal­ho um ou dois dias, quer dizer, o que eles pretendem é manter o seu trabalho e trabalhar em casa por apenas um a dois dias, o que é também importante, porque as empresas poupam custos na constituiç­ão de qualquer escritório e outros bens.

Em relação aos rendimento­s no agregado familiar, segundo Filipa Oliveira, dos 600 inquiridos cerca de 79 por cento confirmara­m que houve redução

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