Parlamento do Burundi tem um novo líder
O deputado Daniel Gélase Ndabirabe, do Conselho Nacional para a Defesa da Democracia/Forças de Defesa da Democracia (CNDDFDD), foi eleito, sexta-feira, presidente da nova Assembleia Nacional do Burundi, para os próximos cinco anos, noticiou a Efe.
O deputado, eleito pela circunscrição de Kayanza (Norte), é tido como dos principais estrategas do CNDDFDD, partido maioritário do qual foi porta-voz , antes de se encarregar do acompanhamento e da avaliação das actividades do partido até às novas funções.
A primeira vice-presidência da Assembleia Nacional foi para Sabine Ntakarutimana, também do CNDDFDD, uma ex-rebelião armada que chegou ao poder pelas urnas, em 2005.
O deputado Abel Gashitsi, da Unidade para o Progresso Nacional (UPRONA), antigo partido único e agora oposição, foi eleito segundo vicepresidente da Câmara Baixa do Parlamento do Burundi. Foi, até recentemente, presidente da UPRONA.
Os 32 deputados do Congresso Nacional para a Liberdade (CNL), principal oposição, boicotaram, na sessão de 4 de Agosto, a eleição dos membros da mesa da nova Assembleia Nacional. O CNL rejeitou os resultados das eleições gerais, de 20 de Maio, por alegadas fraudes.
As eleições legislativas e autárquicas realizaram-se, em simultâneo, a 20 de Maio, consagrando a esmagadora vitória do CNDD-FDD neste triplo escrutínio. O presidente da CNL, Agathon Rwasa, revelou que o seu grupo parlamentar vai continuar a ter assento na Assembleia Nacional.
A nova Assembleia Nacional é composta por 123 deputados: 86 do CNDD-FDD, 32 do CNL e dois da UPRONA.
Por cooptação, os três deputados “Batwa” (pigmeus do Burundi que representam um por cento da população) também vão ter assento no novo Parlamento.
A lei fundamental prevê equilíbrios étnicos, regionais e de género em proporções de 60 por cento para a maioria da comunidade Hutu, 40 por cento para a minoria principal Tutsi e, pelo menos, 30 por cento para as mulheres na Assembleia Nacional.