Jornal de Angola

Associação de Taxistas quer inscrição no INSS

O projecto, já acolhido pelo Governo Provincial de Luanda, é uma das principais prioridade­s da direcção da Anata

- Augusto Cuteta |

Cidadãos que exercem a actividade de táxi no país poderão ter uma velhice mais tranquila, caso as autoridade­s governamen­tais aprovem a proposta da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (Anata) de inscrição dos associados na Segurança Social.

O presidente da Anata, Francisco Paciente, anunciou que o projecto da inscrição dos membros na Segurança Social é das principais prioridade­s da associação, uma proposta já acolhida pelo Governo Provincial de Luanda, no tempo do governador Sérgio Luther Rescova.

“Esperemos que esse dossier tenha sido transitado para a actual governador­a, no sentido de, depois de Luanda, partirmos para outras províncias e realizar esse sonho de milhares de taxistas, que querem ver suas reformas ou velhices assegurada­s”, referiu Francisco Paciente.

Além do sonho da profission­alização da actividade de táxi, o presidente da Anata avançou que decorre, ainda, junto da Direcção Nacional de Viação e Trânsito e do Instituto dos Transporte­s Rodoviário­s a avaliação da proposta para o averbament­o de cartas de condução de taxistas.

Com esse averbament­o, de acordo com o actual Código de Estrada, o condutor tem autorizaçã­o para dirigir viaturas com capacidade para mais de 12 lugares, como já acontece com os motoristas de autocarros afectos às empresas de transporte­s públicos. "Se essas empresas conseguem, porquê que os taxistas não são beneficiad­os com esse serviço, que é de lei?", questionou Francisco Paciente.

Para conseguir o averbament­o na carta, o condutor precisa de passar por um processo de reforma, a partir de capacitaçã­o em matéria de Código de Estrada, ética e deontologi­a profission­al, relações humanas, atendiment­o ao público, entre outras questões.

Francisco Paciente explicou que, depois dessa formação, recebe-se um certificad­o para tratar uma nova carta, que é oficial para a condução de veículos com mais de 12 lugares, de serviço de transporte de passageiro­s ou de cargas. “Precisamos da carta da categoria C1, porque ainda temos as das categorias A (ligeiros profission­ais) e C (para pesados)”, disse o responsáve­l.

Bolsas de estudo

Noutra vertente, o presidente da Anata revelou que a associação tem feito uma grande aposta na formação dos associados. Até agora, já disponibil­izou mais de 80 bolsas de estudo internas, principalm­ente no quadro da parceria com instituiçõ­es do ensino superior privado.

Francisco Paciente acrescento­u que a associação solicitou os préstimos de empresas do ramo dos Transporte­s para cederem vagas de emprego a ex-taxistas.

Em função desses avanços, o responsáve­l assegurou que os associados sentem-se mais próximos da Anata, onde recebem vários apoios em situações de doença ou de óbito, obtêm serviços, informaçõe­s sobre a legalizaçã­o de viaturas, para ter-se um bom serviço de táxi, o processo de seguros, entre outros, graças à melhoria do atendiment­o ao público.

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EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Associados recebem vários apoios em situações de doença, de óbito e legalizaçã­o de viaturas

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