Líder da UNITA exorta mulher a empreender
O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, exortou, sábado, em Luanda, a LIMA, organização feminina do seu partido, a preocupar-se com a formação, estabilidade financeira e empoderamento da mulher.
O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, exortou a organização feminina do partido (LIMA), a preocupar-se mais com a formação, estabilidade fi- nanceira e empoderamento da mulher.
Ao discursar, no sábado, no encerramento do IV Congresso ordinário da LIMA, que reconduziu Helena Bonguela ao cargo de presidente da organização, pediu às militantes no sentido de buscarem experiências nas relações com outras organizações partidárias, da sociedade civil e religiosas.
O líder da UNITA defendeu o reforço da coesão interna da LIMA e a salvaguarda do património humano e histórico da organização.
Sobre as múltiplas candidaturas à presidência da organização, Adalberto Costa Júnior disse que foram essenciais para elevar o debate e consubstanciar a efectivação da democracia.
As mulheres da LIMA devem ser combatentes contra a violência doméstica, que ainda faz morada nas comunidades e é responsável pela desestruturação de muitas famílias, com consequências nefastas na formação da personalidade das crianças, referiu o líder da UNITA.
Desafios
Helena Bonguela, eleita para o cargo de presidente com 378 votos, garantiu que vai trabalhar para preparar a LIMA para os desafios que o partido tem de enfrentar, nomeadamente as eleições autárquicas e as gerais, que se aproximam.
Continuar a trabalhar em programas que visam solucionar os problemas das mulheres e famílias, bem como o preenchimento de lugares em organizações internacionais são outras tarefas apontadas por Helena Bonguela.
Ao discursar na tomada de posse, Helena Bonguela referiu que a mulher enquadrada na organização deve capacitarse todos os dias, de forma a se apresentar ao eleitorado com quadros à altura.
O investimento na formação integral, acrescentou, é um instrumento de preservar o passado e agregar valores que correspondam à dinâmica do desenvolvimento da sociedade.
“O desespero no rosto da mulher zungueira e desempregada deve ser transformado na esperança de um futuro melhor com a realização das eleições autárquicas e as gerais, que se avizinham”, realçou a líder da LIMA.
Contestação
Depois da divulgação dos resultados do congresso, a candidata Manuela dos Prazeres Kazoto, que ocupou a segunda posição com 208 votos, contestou o resultado do pleito. “Não estou de acordo com os resultados deste congresso", afirmou. O Jornal de Angola tentou obter mais esclarecimentos da candidata, mas sem sucesso.
A presidente da comissão eleitoral, Amélia Judith Ernesto, esclareceu que o regulamento eleitoral estabelece que as reclamações das candidatas devem ser feitas em tempo útil pelas respectivas delegadas de lista.
Ao longo do processo, garantiu, não foi recebida qualquer reclamação sobre eventuais irregularidades.
Devido à pandemia da Covid-19, o conclave foi realizado por videoconferência a partir de oito regiões do país.
Alterações
O Congresso fez alterações na estrutura orgânica da organização, com a introdução de uma segunda vicepresidente.
De acordo com as resoluções, divulgadas no comunicado final, foi, igualmente, alargado o período da realização dos Congressos ordinários, de quatro para cinco anos. Cada presidente nacional da LIMA terá apenas dois mandatos consecutivos e um interpolado.
As participantes no conclave aprovaram também o alargamento da composição do Comité Nacional da LIMA, de 251 para 301 membros efectivos e 50 suplentes.
O Congresso, que teve a participação de 621 delegadas, decorreu sob o lema "Patriotismo, Unidade e Integridade’’.