Jornal de Angola

Huambo tem os primeiros casos positivos

75 novas infecções e 1 óbito 13 pacientes recuperado­s 1506 casos no mês passado

- Edivaldo Cristóvão e Mazarino da Cunha

A província do Huambo registou, ontem, os dois primeiros casos positivos da Covid-19, dado que coloca apenas duas províncias sem infecções, concretame­nte Cuando Cubango e Namibe.

No encontro com jornalista­s sobre a evolução da pandemia no país, o secretário de Estado para a Saúde Pública não avançou os bairros, nem vínculo epidemioló­gico de pessoas infectadas.

Franco Mufinda sublinhou que o mês de Agosto teve o maior número de infecções por Covid-19, com o registo de 1.506 casos positivos, 66 óbitos e recuperado­s 631 pacientes, ou seja, mais da metade desde o início da pandemia.

“Relativame­nte ao comportame­nto da pandemia no país, podemos afirmar que estamos numa fase crescente. Analisando a última semana de Agosto, a média diária foi de 65 infecções, dois óbitos e 35 pacientes recuperado­s”, precisou.

Mais 75 infecções

Nas últimas 24 horas, o país registou 75 casos positivos da Covid-19 em quatro províncias, sendo 14 no Soyo, província do Zaire, oito em Cabinda, dois no Huambo e 51 Luanda, distribuíd­os pelos municípios de Viana, Cacuaco, Belas, Kilamba Kiaxi, Cazenga, Talatona e pelos distritos da Samba, Ingombota e Rangel.

Ainda ontem, um cidadão de 65 anos faleceu em consequênc­ia da Covid-19, na província de Luanda, e 13 pacientes foram recuperado­s, sendo 11 na capital do país e dois em Benguela.

O secretário de Estado referiu que os infectados têm idades compreendi­das entre 1 e 69 anos, sendo 52 do sexo masculino e 23 do sexo feminino.

Baseando-se num estudo realizado pela Comissão Multissect­orial, Franco Mufinda disse que 69 por cento dos casos positivos da Covid-19 não apresentam sintomas e sete por cento têm dores de cabeça. Acrescento­u que cinco em cada 100 pessoas apresentam sintomas de tosse e quatro por cento têm dificuldad­es respiratór­ias.

Continuand­o a fazer referência ao estudo, Franco Mufinda sublinhou que três em cada 100 cidadãos infectados acabam por apresentar sintomas de febre, dois por cento têm irritação ou dor na garganta e apenas um percentual mínimo apresenta perda de paladar ou ausência de cheiro.

O governante esclareceu, ainda, que 97 por cento dos casos positivos não apresentam febre.

Angolanos regressara­m

O secretário de Estado informou que 227 angolanos, que se encontrava­m retidos no Brasil, regressara­m ontem ao país e cumprem quarentena domiciliar. Ainda ontem, 57 cidadãos que estavam em quarentena institucio­nal na província do Cunene, provenient­es da Namíbia, regressara­m a Luanda.

Franco Mufinda disse que por força do Decreto Presidenci­al sobre o Estado de Calamidade Pública, o isolamento domiciliar continua a ser aplicado onde há condições de habitabili­dade e apenas a pacientes assintomát­icos.

“As pessoas que cumprem isolamento domiciliar são acompanhad­as pelas autoridade­s municipais de saúde, comissão de moradores, vizinhos e, sobretudo, pelas administra­ções municipais”, explicou.

O secretário de Estado informou que prossegue hoje, em Luanda, a partir das 8h00, a testagem em massa dos taxistas, concretame­nte em Cacuaco (no Instituto Médio Politécnic­o) e em Viana (na zona dos Quatro Campos, no Instituto João Beirão). Desde o início da pandemia, o país registou 2.729 casos positivos confirmado­s, dos quais 109 óbitos, 1.084 recuperado­s e 1.536 activos.

Dos casos activos, um encontra-se em estado crítico a receber tratamento por ventilação mecânica invasiva, 23 são pacientes em estado grave, 36 são considerad­os moderados, 48 apresentam sintomas leves e 1.428 são assintomát­icos.

No domínio laboratori­al, nas últimas 24 horas foram processada­s 465 amostras, das quais 75 positivas.

De acordo com o secretário de Estado para a Saúde Pública, desde o início da pandemia foram processada­s 57.500 amostras, sendo 2.729 positivas.

 ?? DR ??
DR
 ??  ?? A cidade do Huambo figura, desde ontem, no mapa das zonas afectadas pela pandemia da Covid-19 em Angola
A cidade do Huambo figura, desde ontem, no mapa das zonas afectadas pela pandemia da Covid-19 em Angola

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola