UE apoia União Africana com 1,4 milhões de testes
O continente soma 29.833 mortes e 985.803 doentes recuperados num total acumulado de 1.252.552 casos de infecção
A União Europeia (UE) e a presidência rotativa encabeçada pela Alemanha anunciaram, ontem, a mobilização de 10 milhões de euros e de 1,4 milhões de testes para a União Africana (UA), visando detectar e combater a pandemia da Covid-19.
De acordo com a informação ontem divulgada pela Comissão Europeia, “a UE continua a trabalhar com os Estados-membros para combater a pandemia em todas as frentes”, tendo mobilizado, através da Alemanha, um “pacote de apoio imediato de 10 milhões de euros à União Africana”, ao qual acrescem “quase 1,4 milhões de testes para a detecção do vírus”.
Ao todo, através de uma ponte aérea humanitária, já foram fornecidos 500 mil ‘kits’ de teste ao Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças, acrescenta o executivo comunitário.
O comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, observa que a ajuda ontem anunciada irá “chegar a um grande número de países, uma vez que irá apoiar a resposta continental organizada pela União Africana”.
A ajuda financeira visa ajudar à “implementação da Estratégia Conjunta Continental Africana para o surto do novo coronavírus, apoiando os profissionais de saúde e os agentes de resposta rápida para a vigilância, gestão laboratorial e de casos”, conclui Bruxelas na nota à imprensa.
Mais 244 mortos, mas menos novas infecções África contabilizou 244 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, mas as novas infecções registaram uma quebra e voltaram a ser ultrapassadas pelo número de doentes recuperados, segundo dados oficiais.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas registaram-se, nos 55 Estados membros da organização, 244 mortes (mais 85 do que no período homólogo anterior), 7.322 novas infecções (menos 838) e 10.160 doentes recuperados (mais 3.479).
No total, o continente soma 29.833 mortes e 985.803 doentes recuperados num total acumulado de 1.252.552 casos de infecção. O maior número de casos e mortos continua a registar-se na África Austral, com 672.586 infecções e 15.147 mortos. Só a África do Sul, o país mais afectado do continente, contabiliza 627.041 casos e 14.149 vítimas mortais.
O Norte de África, a segunda zona mais afectada pela pandemia, tem agora 230.555 pessoas infectadas e 8.542 mortos e na África Ocidental o número de infecções subiu para 160.638 e o de vítimas mortais para 2.389. Na região da África Oriental, o número de casos de Covid-19 é de 134.367 e 2.691 mortos e na África Central estavam contabilizados, até ontem, 54.406 casos e 1.064 óbitos.
O Egipto, que é o segundo país com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 5.421 mortos e 98.939 casos, seguindo-se a Argélia, com 1.510 mortos e 44.494 casos.
Marrocos contabilizava até ontem 62.590 infectados e 1.141 vítimas mortais.
Nos seis países mais afectados, estão também a Nigéria, que regista 54.008 infectados e 1.013 mortos e o Sudão, onde foram registados 13.189 infectados e 823 mortos.
Entre os países africanos lusófonos, Moçambique regista 3.916 casos e 23 mortos, Cabo Verde tem 3.884 casos e 40 mortos. A Guiné-Bissau soma 2.245 infecções e 38 mortos e São Tomé e Príncipe conta 896 casos e 15 vítimas mortais.
A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), regista 4.941 pessoas infectadas e 83 mortes, segundo os dados mais recentes, que reportam a sextafeira. O primeiro caso de Covid-19 em África surgiu no Egipto em 14 de Fevereiro e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infecção, em 28 de Fevereiro.