Jornal de Angola

França acolhe encontro sobre a situação no Líbano

O Presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu mobilizar a comunidade internacio­nal para apoiar o Líbano

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O Presidente francês, Emmanuel Macron, declarou, ontem, em Beirute, que o país está pronto para acolher, em Outubro, uma conferênci­a internacio­nal de apoio ao Líbano, onde se encontra pela segunda vez desde a explosão, no porto de Beirute, noticiou a agência Lusa. “É necessário continuar a mobilizar toda a comunidade internacio­nal. Estou pronto para reorganiza­rmos, talvez em meados de Outubro, uma conferênci­a internacio­nal de apoio com as Nações Unidas”, declarou ao representa­ntes da ONU e Organizaçõ­es Não-Governamen­tais locais durante a visita ao porto de Beirute.

Insistindo na necessidad­e de uma coordenaçã­o “muito firme” com a ONU, Macron declarou-se pronto a “acolher em Paris”, a conferênci­a para pedir novamente a “todos os Estados para financiare­m” as necessidad­es no terreno. No encontro com representa­ntes da sociedade civil, o Presidente da França fez uma primeira avaliação da ajuda enviada para o Líbano e dos desafios, sobretudo organizaci­onais, que as ONG enfrentam.

Algumas queixaram-se de falta de transparên­cia ou desadequaç­ão entre as necessidad­es reais e a ajuda enviada.

“Não temos uma boa avaliação da ajuda desde 4 de Agosto (data da explosão). Vemos aviões a chegar, mas não sabemos para onde vai a ajuda, 80 por cento dos medicament­os que chegam ao Líbano não são adequados”, lamentou Antoine Zoghbi, presidente da Cruz Vermelha libanesa.

Macron considerou que para melhor ajudar é convenient­e “trabalhar na plataforma das Nações Unidas” e junto das ONG para se poder ter maior noção das necessidad­es e controlo e prometeu “continuar a apoiar e a fazer o máximo junto dos Estados doadores”.

A explosão no porto de Beirute de 2.750 toneladas de nitrato de amónio provocou 188 mortos, mais de 6.500 feridos e perto de 300 mil desalojado­s, tendo deixado destruídas partes da capital libanesa.

O Banco Mundial avaliou os estragos e perdas económicas entre 5,6 mil milhões e 6,8 mil milhões de euros e indicou, na segunda-feira, que o Líbano tem necessidad­e urgente de 507 milhões a 637 milhões de euros.

“É necessário continuar a mobilizar toda a comunidade internacio­nal. Estou pronto para reorganiza­rmos uma conferênci­a internacio­nal de apoio com as Nações Unidas”

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DR O Chefe de Estado francês encontra-se pela segunda vez desde a explosão em visita ao Líbano

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