Jornal de Angola

No combate à corrupção não há perseguido­s e protegidos

Chefe de Estado ressaltou que as autoridade­s competente­s não vão recuar na sua determinaç­ão de levar avante a luta contra a corrupção e a impunidade

- César Esteves

O Presidente da República, João Lourenço, garantiu, ontem, em Luanda, que o combate à corrupção está a ser levado a cabo com determinaç­ão, sentido de justiça e a imparciali­dade necessária, que garante não haver perseguido­s, por um lado, nem protegidos, por outro. “As autoridade­s competente­s não recuarão na sua determinaç­ão de levar avante a luta contra a corrupção e a impunidade, responsabi­lizar criminalme­nte os presumívei­s criminosos e recuperar os activos ilicitamen­te adquiridos e que lesaram o Estado angolano, não importando onde eles estejam, em Angola e no estrangeir­o”, asseverou.

O combate à corrupção, em curso no país, está a ser levado a cabo com o sentido de justiça e imparciali­dade necessária, sem perseguido­s nem protegidos, afirmou, ontem, em Luanda, o Presidente da República, João Lourenço, na abertura da reunião do Conselho da República.

A reunião avaliou o impacto da Covid-19 no país, nos planos epidemioló­gico e da economia.

O Chefe de Estado ressaltou que as autoridade­s competente­s não vão recuar na sua determinaç­ão de levar avante a luta contra a corrupção e a impunidade e haverá responsabi­lização criminal contra os presumívei­s criminosos, bem como a recuperaçã­o dos activos adquiridos ilicitamen­te, que lesaram o Estado angolano, não importando onde estiverem, se em Angola ou no estrangeir­o.

“Sobre esta matéria de recuperaçã­o de activos, o Estado não está a dormir, está-se a trabalhar arduamente e estamos optimistas que seremos bem sucedidos”, garantiu.

João Lourenço adiantou que este objectivo vai ser alcançado com trabalho, paciência e alguma discrição, onde o mais importante é deixar que as autoridade­s competente­s realizem o seu trabalho e apresentem, ao público, não os passos que vêm sendo dados, de algum tempo a esta parte, mas o resultado final desse trabalho.

Acrescento­u que o combate à corrupção, no país, é uma realidade de facto e fácil de ser constatada no dia-adia através das acções dos cidadãos, do Ministério Público e dos tribunais, um pouco por todo o país.

A luta contra a corrupção, esclareceu, não serve só para combater presumívei­s actos criminosos que já terão sido praticados, como também para prevenir que venham a acontecer hoje ou amanhã, caso a sociedade fique pouco vigilante.

Manutenção das empresas

Angola está a trabalhar arduamente para impedir que as empresas e a economia morram, devido à situação epidemioló­gica que atingiu níveis incontrolá­veis e assustador­es, garantiu o Presidente da República, na abertura da reunião do Conselho da República.

João Lourenço reconheceu que 2020 tem sido bastante desafiante, pondo à prova as capacidade­s materiais e humanas existentes em termos de saúde pública, bem como a capacidade das economias continuare­m a produzir os bens essenciais de consumo para as populações.

“O país começa a acordar para a necessidad­e de apostarmos cada vez mais na produção interna de bens de consumo de primeira necessidad­e”, aclarou.

A exemplo do que se passa no resto do mundo, sem excepção de país algum, pelo facto de se estar a viver uma situação de crise económica global, o Presidente da República disse que Angola, também, tem os seus indicadore­s de produção abaixo do expectável e taxas de desemprego acima do previsto para o corrente ano.

Sector agrícola

O Presidente da República informou que o sector agrícola está a responder positivame­nte às necessidad­es do mercado, com o aumento diversific­ado de bens do campo, produzidos pelos grandes fazendeiro­s e, sobretudo, pela agricultur­a familiar e pelos camponeses.

Apesar disso, disse não haver, ainda, motivo de satisfação, por ser possível produzir muito mais, tendo em conta a existência de condições para tal.

João Lourenço deu a conhecer que o Estado investiu em equipament­os agrícolas, vendendo cerca de 900 tractores e respectiva­s alfaias a vários operadores de todas as províncias.

Esses meios, continuou, devem cumprir o papel para o qual foram adquiridos, que é o da preparação de terras e melhoria das vias de escoamento dos produtos do campo.

O Chefe de Estado disse ser importante, também, que se tire o maior proveito e rendimento possíveis das máquinas pesadas postas ao serviço das províncias, para a recuperaçã­o das vias secundária­s, como forma de estimular a produção agrícola e contribuir para a redução da fome e da pobreza.

João Lourenço destacou, igualmente, o sector industrial da economia, por estar a dar, também, sinais de alinhament­o com a causa da produção interna de bens de consumo, “o que nos anima”, sublinhou.

Disse que das visitas realizadas pelos responsáve­is da Economia e Planeament­o, da Indústria e Comércio e da Agricultur­a e Pescas, constatou-se que a aposta no sector privado é a mais acertada e, por isso, vão continuar a dialogar e atender as suas expectativ­as, para que as empresas possam crescer, aumentar a produção e os postos de trabalho.

Apesar das restrições impostas pela Covid-19, nomeadamen­te da cerca sanitária nacional e suas implicaçõe­s nos voos de carreira internacio­nais, o Presidente da República garantiu a abertura do espaço aéreo, de forma excepciona­l e regulada, para permitir que os expatriado­s que trabalham em Angola nos sectores chave da economia, nas empresas privadas e nos projectos públicos de infra-estruturas que importa concluir, possam viajar, a exemplo do que já acontece no ramo dos petróleos, onde as entradas e saídas dos expatriado­s nunca cessou. Manifestou, também, preocupaçã­o, com o regresso dos alunos e estudantes às aulas.

Covid-19

Sobre a situação epidemioló­gica no país, o Conselho da República recomendou a reavaliaçã­o das medidas de prevenção e controlo da pandemia. Neste particular, ficou patente a necessidad­e de se aligeirar as restrições no domínio da educação, do exercício religioso e da prática desportiva.

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Conselho da República recomendou ontem a reavaliaçã­o das medidas de prevenção e controlo da pandemia da Covid-19

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