Jornal de Angola

Líder da Renamo pede fim dos ataques

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O presidente da Renamo, principal partido de oposição moçambican­a, pediu, ontem, para que Mariano Nhongo, líder dissidente, acusado de protagoniz­ar ataques armados no Centro de Moçambique, “volte à razão”, consideran­do que as diferenças internas devem ser resolvidas dentro do partido.

“Eu deixo um apelo ao meu irmão Mariano Nhongo para que ele volte à razão. Não há razão para alguém pegar em armas porque há diferenças dentro do partido”, disse Ossufo Momade, numa viagem de trabalho à província da Zambézia, citado pela Televisão de Moçambique. Em causa estão os ataques armados nas províncias de Sofala e Manica, Centro de Moçambique, incursões que já provocaram a morte de, pelo menos, 24 pessoas desde Agosto do ano passado, e têm sido atribuídas a um grupo dissidente do principal partido de oposição (autoprocla­mado Junta Militar da Renamo), liderado por Mariano Nhongo, antigo líder de guerrilha que contesta a liderança do partido e exige um novo acordo de paz.

Para o presidente da Renamo, o recurso às armas para resolver diferenças dentro do partido não faz sentido, tendo em conta que a principal força de oposição moçambican­a tem órgãos para resolver problemas internos. “Se a pessoa não quiser falar com Ossufo, que fale com os órgãos do partido para que os seus problemas sejam solucionad­os. Não há razão para alguém pegar em armas”, frisou o presidente da Renamo, acrescenta­ndo que todo o guerrilhei­ro da Renamo deve aproveitar agora o processo de Desarmamen­to, Desmobiliz­ação e Reintegraç­ão (DDR), resultante do Acordo de Paz e Reconcilia­ção Nacional, assinado em Agosto do último ano.

Depois de um arranque simbólico no ano passado, o DDR esteve paralisado durante vários meses, tendo sido retomado em Junho.

De um total de cinco mil guerrilhei­ros que deverão ser abrangidos, 1.075 já entregaram as armas .

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