SJA aponta os desafios da comunicação social
O secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, Teixeira Cândido, apontou, ontem, em Luanda, a sobrevivência dos órgãos de comunicação social e a independência dos jornalistas como os desafios da classe na actualidade.
O sindicalista, que falava à Angop, em alusão ao Dia Internacional do Jornalista, que ontem se assinalou, afirmou que a manutenção do emprego dos profissionais da classe está, actualmente, dependente da sobrevivência dos órgãos de comunicação social.
Segundo Teixeira Cândido, o mercado da comunicação social em Angola ainda não tem grande expressão, apresentando uma assimetria entre os localizados na capital do país (Luanda) e nas demais províncias.
Adiantou que a sociedade exige um jornalismo de pluralismo, com espaço para todos os actores políticos, sociais ou económicos.
“Em época de Covid-19, os cidadãos voltaram a confiar nos órgãos convencionais como sendo os principais meios de informação, porém, esta confiança não é uma crença pura. Os cidadãos querem de facto que os órgãos de comunicação social satisfaçam as suas expectativas, informações verdadeiras, imparciais e plurais”, reforçou.
Como ganho actual no mundo da comunicação social angolana, Teixeira Cândido aponta a abertura do espaço à Rádio Ecclésia, com o alargamento da sua emissão a todo o território nacional.
Pela negativa, referiu-se ao “recuo” com o pacote legislativo da comunicação social, destacando a Lei da Televisão.
O desaparecimento, recentemente, de muitos órgãos de comunicação social também representam os grandes recuos no sector, segundo Teixera Cândido.
O Dia Internacional do Jornalista foi instituído pelas Nações Unidas , em homenagem ao jornalista checo Julius Fucik, assassinado a 8 de Setembro de 1943, no decurso da II guerra mundial.