FestiNeto divulga a vida e obra do poeta maior
A vida e obra do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, está em abordagem até 17 do corrente mês, na província do Cunene, durante o FestiNeto, festival inserido nas comemorações do Dia do Herói Nacional.
Promovidas pelo Movimento Cultural do Cunene, com o apoio da Fundação Agostinho Neto, as festividades têm como objectivo divulgar a figura de Agostinho Neto como estadista, médico, homem de cultura e líder da luta de libertação nacional, que conduziu à proclamação da Independência de Angola, a 11 de Novembro de 1975, como referência para as gerações vindouras.
De acordo com o coordenador-geral do Movimento Cultural do Cunene, Hamilton Venokanya, várias actividades culturais estão a ser realizadas desde o dia 31 de Agosto, na província, inseridas na quinta edição do FestiNeto, por ocasião das comemorações do 98º aniversário do nascimento do Presidente Agostinho Neto.
O coordenador-geral disse queasactividadesestãoadecorrer nos municípios da Cahama, Cuvelai e Cuanhama, incluindo uma exposição biográfica, denominada “Vida de Agostinho Neto”, patente nos bairros da cidade de Ondjiva, distribuição de livros do poeta maior, folhetos bibliográficos de Neto e recitação de poemas.
Uma vez que este ano o festival realiza-se durante a pandemia da Covid-19, as actividades estão a observar as medidas de biossegurança, como o uso obrigatório de máscaras e o distanciamento de pelo menos dois metros entre as pessoas.
Segundo Hamilton Venokanya, na presente edição, o Movimento Cultural do Cunene vai dar sequência às acções iniciadas em 2016, altura da fundação da instituição na província, como parte das estratégias permanentes de divulgação da vida, obra e ideais de António Agostinho Neto.
Falta de espaço
A falta de espaços para a realização de eventos culturais e apoios financeiros na província do Cunene constitui o principal factor que impede a promoção, divulgação e valorização das artes na região, afirmou Hamilton Venokanya.
Mostrando-se preocupado com a situação, o coordenador-geral do Movimento Cultural do Cunene disse que muitas vezes os criadores de arte e cultura na província são obrigados a exibir-se em espaços inadequados. “Muitas vezes temos de alugar o espaço da Mediateca de Ondjiva, que custa muito caro para nós, fazedores de cultura no Cunene”, sublinhou Hamilton Venokanya, tendolamentadoqueo“Cunene não possui nenhuma sala para a realização de espectáculos. Esta cidade devia albergar vários tipos de exposições que reflictam os hábitos e usos da região, mas infelizmente não existe nenhum espaço”.