Escola de ensino especial pronta para as aulas
Instituição já tem água canalizada, um feito que resultou de uma iniciativa da direcção da escola, ao mobilizar professores para contribuírem com valores monetários
do ensino especial da província do Zaire, em Mbanza Kongo, tem criadas as condições para a lavagem regular das mãos, após a instalação de um sistema de água canalizada, no quadro das medidas de prevenção contra o novo coronavírus.
O reinício das aulas está previsto para Outubro. O director da instituição, Pedro Cordeiro, referiu que a canalização resultou de uma iniciativa da direcção da escola, que mobilizou os professores para participarem numa contribuição com valores monetários.
Essa contribuição permitiu a abertura do contrato junto da Empresa Provincial de Águas do Zaire, um projecto que, desde 2012, a Administração Municipal de Mbanza Kongo prometia executar, mas que nunca passou disso. Pedro Cordeiro explicou que, para garantir a segurança sanitária dos 2.005 alunos matriculados, foram adquiridos meios de biossegurança como lixívia e outros detergentes para desinfectar e limpar as salas de aula, além de três baldes de 20 e 100 litros, para a lavagem constante das mãos.
Ainda assim, avançou, os meios de biossegurança são insuficientes face ao número de alunos e professores. Por esta razão, apelou às autoridades para apoiarem a única Escola de Ensino Especial do Zaire, de modo a garantir melhores condições de segurança aos utentes.
Para melhor proteger as crianças da contaminação, as turmas deverão ser repartidas em duas e as aulas serão ministradas em dois períodos, mas com professor único. Ou seja, um grupo de 25 alunos entra das 8h00 às 10h00 e outro das 10h30 às 12h30. “As crianças, logo que saem da sala são encaminhadas para fora do recinto escolar e regressam a casa, de modo a evitar contactos com os que entram no período posterior”, disse, sublinhado que serão concedidos 30 minutos para desinfectar os compartimentos e receber as turmas seguintes”, salientou.
Cisternas alternativas
Diferente da escola do ensino especial, a instituição do primeiro ciclo “11 de Novembro”, situada na periferia de Mbanza Kongo, com 1.607 alunos matriculados este ano, abastece o tanque de água através do recurso a cisternas.
O director da escola, Garcia Kidimbo, disse que a instituição não é orçamentada, estando, por isso, incapaz de fazer face às exigências impostas pela Covid-19. A escola conta com o apoio da Administração Municipal de Mbanza Kongo para o abastecimento de água e fornecimento de materiais de biossegurança, para garantir o reinício das aulas.
“As escolas do primeiro ciclo não são orçamentadas, dependem da direcção municipal da Educação, em termos financeiros”, realçou. Por esta razão, salientou que as acções dessas instituições são suportadas, em grande medida, pela comparticipação financeira dos encarregados de educação.
Nesta altura, a escola conta apenas com uma auxiliar de limpeza efectiva, que assegura a higienização de 12 salas de aulas e seis casas de banho. As outras três auxiliares contratadas estão suspensas, por falta de valores financeiros para custear as despesas com ambas.