Bancos envolvidos em branqueamento
O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) declarou, no fim de semana, num extenso relatório que documentos divulgados mostram os bancos JPMorgan, HSBC, Standard Chartered Bank, Deutsche Bank e Bank of New York Mellon envolvidos em processos de branquear dinheiro.
Na parte europeia, o Banco Central Europeu (BCE) salientou que o branqueamento de capitais pode representar “riscos significativos para os próprios bancos e para a sua viabilidade”.
O BCE diz não ser a autoridade competente em matéria de branqueamento de capitais, mas sim as autoridades nacionais.
“Contudo, uma vez que o branqueamento de capitais pode afectar o funcionamento e a sustentabilidade dos bancos, o BCE coopera com as autoridades nacionais e europeias”, acrescentou na nota. Conforme avança, se for descoberto um caso suspeito, este é comunicado às autoridades competentes para investigação.
Em Julho de 2018, a quinta directiva contra o branqueamento de capitais entrou em vigor na União Europeia (UE). As autoridades de supervisão europeias criaram várias iniciativas para reforçar a cooperação entre si e as autoridades nacionais de combate ao branqueamento de capitais.
O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ)é o responsável pela divulgação dos milhares de documentos do caso “Luanda Leaks”, onde é figura principal a empresária Isabel dos Santos. Ela segue o rasto de várias entidades financeiras, individuais e colectivas pelo mundo, divulgando as conclusões sempre na base do interesse público, conforme justificou, recentemente, o economista e jornalista angolano Carlos Rosado de Carvalho, membro do grupo.