Museu dos Reis do Kongo encerra para manutenção
O Museu dos Reis do Kongo, em Mbanza Kongo, província do Zaire, está encerrado, desde ontem, aos visitantes, para trabalhos de manutenção geral do acervo museológico, informou o director da instituição à Angop, Luntadila Lunguana.
Os trabalhos, explicou, têm a duração de três dias. O museu vai, provavelmente, reabrir as portas na segundafeira, dia 28. Apesar de ser uma actividade de rotina dos museus, disse, o processo está a ser feito na sequência do aparecimento, no interior do edifício, de alguns insectos não identificados, que destruíram, parcialmente, duas peças museológicas, um chapéu e um tapete que eram usados pelos soberanos do antigo Reino do Kongo.
“Vamos combater estas pragas que estão a danificar o acervo, a maioria assente na vida e hábitos dos soberanos do antigo Reino do Kongo”, esclareceu, adiantando que as restantes 94 peças do museu estão em perfeitas condições. “Os trabalhos de manutenção do acervo têm sido feitos regularmente”.
Para a reposição das duas peças danificadas, feitas de ráfia (fibras têxteis de palmeiras), Luntadila Lunguana informou que a instituição pretende recorrer a outros museus do país, com realce para o de Antropologia, em Luanda, no sentido de encontrar uma solução.
“No caso do tapete, podemos recorrer ao museu de Antropologia, por intermédio da Direcção Nacional dos Museus para conseguirmos uma outra peça. Quanto ao chapéu, temos informações de que existem na localidade do Bembe, no Uíge, artesões que podem fazer este tipo de chapéu, basta levarmos para lá a imagem da peça”, explicou.
As visitas de acesso ao Museu dos Reis do Kongo reduziram de forma significativa durante o primeiro semestre deste ano, devido as limitações impostas pela pandemia da Covid19. O director da instituição disse que nos seis primeiros meses do ano apenas duas mil pessoas visitaram o local, um número abaixo do esperado se comparado com as seis mil visitas registadas no mesmo período do ano passado.