Jornal de Angola

Johnson & Johnson anuncia testes finais em oito países

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A Johnson & Johnson anunciou, ontem, que vai começar os testes da fase 3, última etapa de desenvolvi­mento de uma vacina contra a Covid19, que deverá incluir até 60 mil voluntário­s em oito países, incluindo o Brasil.

“Se os resultados forem positivos, a empresa espera poder registar um pedido de autorizaçã­o de emergência junto da Agência de Medicament­os dos Estados Unidos (FDA) no início de 2021", divulgou a empresa, em comunicado.

A Johnson & Johnson, está empenhada em distribuir a vacina sem lucro, enfatizou que "continua a aumentar a capacidade de produção" e ainda espera ser capaz de entregar mil milhões de doses da vacina por ano.

A nova fase de testes deverá incluir voluntário­s acima dos 60 anos e com doenças preexisten­tes. A idade mínima para participar é de 18 anos. Os testes também decorrerão na Argentina, Chile, Colômbia,

México, Peru, África do Sul e nos Estados Unidos.

A vacina, cujo nome oficial é Ad26.COV2.S, foi desenvolvi­da pela farmacêuti­ca Janssen Pharmaceut­icals, que faz parte do grupo Johnson & Johnson.

Os estudos sobre esta vacina no Brasil foram autorizado­s pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador do país, que aprovou testes em sete mil voluntário­s, distribuíd­os nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Baía e Rio Grande do Norte.

A Anvisa frisou que os dados que fundamenta­ram a autorizaçã­o “incluíram estudos não clínicos com a vacina e dados não clínicos e clínicos acumulados de outras vacinas que utilizam a mesma plataforma Ad26”. As fases 1 e 2 desta eventual vacina produzida pela farmacêuti­ca Janssen-Cilag foram iniciados em Julho, nos Estados Unidos e na Bélgica.

Desde Junho, o Brasil participa no programa de testes de um imunizante contra a Covid-19 desenvolvi­do pela Universida­de de Oxford, no Reino Unido, e a farmacêuti­ca AstraZenec­a, numa parceria que envolve a Fundação Oswaldo Cruz. O Instituto Butantan, organizaçã­o científica vinculada ao governo regional de São Paulo, também firmou uma parceria com o laboratóri­o chinês Sinovac para testar outra vacina, baptizada de Coronavac, num acordo que inclui também a transferên­cia de tecnologia e produção do medicament­o caso a sua eficácia seja comprovada.

Também estão em testes no país duas opções de vacina desenvolvi­das pelas empresas BioNTech e Pfizer.

O Brasil poderá ainda testar outra vacina desenvolvi­da pelo Governo russo, baptizada de SputnikV, a partir de um acordo de cooperação que está a ser discutido pelo governo do estado do Paraná com o Governo russo. Ainda não há autorizaçã­o da Anvisa para a realização destes testes.

O Brasil é o país lusófono mais afectado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabiliz­ar o segundo número de mortos (mais de 4,5 milhões de casos e 138.108 óbitos), depois dos Estados Unidos.

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