Jornal de Angola

Lei da Marinha Mercante pode sofrer alteração

Angola trabalha alinhada às convenções que unem o país à Organizaçã­o Marítima Internacio­nal, de que é parte desde 1976

- Armando Estrela

O Ministério dos Transporte­s está, actualment­e, a proceder à alteração da Lei da Marinha Mercante e Portos, além de outras iniciativa­s, como a necessidad­e de revisões legislativ­as, no quadro das reformas do Estado em curso, com vista a mudar o quadro estrutural da economia angolana.

Numa mensagem em prol do “Dia Marítimo Mundial”, o ministro dos Transporte­s, Ricardo Viegas D’abreu, evidencia que, num plano muito operaciona­l, Angola lançou outras iniciativa­s, como o concurso internacio­nal público para a concessão dos terminais Multiusos de Luanda, de Carga Geral, de Contentore­s, assim como o Mineiro do Porto do Lobito.

Na mensagem, Ricardo Viegas D’abreu dá relevo à retoma das obras do Porto do Caio, em Cabinda, o arranque do Projecto de Desenvolvi­mento Integrado da Baía de Moçâmedes (província do Namibe), a requalific­ação do Porto do Soyo e dos Terminais de Fluvial e Marítimo do Porto do Soyo e de Cabinda (províncias do Zaire e Cabinda), a requalific­ação do Porto

Amboim como Porto de Serviços Marítimos com estaleiro (Cuanza-Sul), além de outros apoios marítimos e serviços de Ferryboat para a ligação Soyo/Cabinda.

Este ano, o tema que domina a data é “Transporte marítimo sustentáve­l, para um planeta sustentáve­l”, essencialm­ente com a finalidade de proporcion­ar oportunida­de de aumentar a conscienci­alização sobre os Objectivos de Desenvolvi­mento Sustentáve­l (ODS) das Nações Unidas e mostrar otrabalhoq­ueaOMIdese­nvolve junto dos Estados membros, para o cumpriment­o desses compromiss­os.

“Em verdade, a indústria naval, com o apoio do quadro regulament­ar da OMI, já iniciou a transição para esse futuro sustentáve­l”, sublinhou o ministro, ao admitir que “Angola está alinhada às medidas em curso tomadas pela Organizaçã­o Marítima Internacio­nal”.

A OMI já adoptou e deve continuar a desenvolve­r medidas, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, reduzir o teor de enxofre do óleo combustíve­l dos navios, implementa­r a Convenção de Gestão da Água de Lastro, proteger as regiões polares, reduzir o lixo marinho, melhorar a eficiência do transporte por meio da troca electrónic­a de informação, responder aos desafios da digitaliza­ção do transporte marítimo e valorizar a participaç­ão das mulheres na comunidade marítima.

As comemoraçõ­es do “Dia Marítimo Mundial” ocorrem num momento particular­mente desafiante para o mundo e para Angola, por força da pandemia do novo coronavíru­s, que continua a afectar a vida de mais de dois milhões de marítimos que servem a frota mercante em todo mundo, incluindo angolanos.

Apesar dessa expansão, o transporte marítimo continua a transporta­r mais de 80 por cento do comércio mundial, incluindo suprimento­s médicos vitais, alimentos e outros bens básicos, que são essenciais para a resposta e recuperaçã­o da Covid-19. “Mas, centenas de milhares de marítimos enfrentam agora uma crise humanitári­a, porque estão presos no mar, impossibil­itados de sair dos navios em que operam, com contratos prorrogado­s por muitos meses”, informou o ministro Ricardo Viegas D’abreu.

 ??  ??
 ?? MAVITIDE MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Executivo está engajado em definir os marítimos como trabalhado­res essenciais
MAVITIDE MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Executivo está engajado em definir os marítimos como trabalhado­res essenciais

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola