Jornal de Angola

“Mísseis terrestres” roncam na Rússia

Mercedes e Lewis Hamilton pretendem manter domínio no circuito no Grande Prémio da Rússia, disputado na cidade turística de Sochi

- Altino V. Dias

A Fórmula 1 voa para a Rússia, o mais extenso país europeu e do mundo, que por sinal é banhado por dois oceanos (Pacífico e Árctico), e faz fronteira com países asiáticos. O Grande Prémio da Rússia poderá trazer lutas que os amantes da modalidade esperam tornar-se mais numa batalha de uma guerra bem competitiv­a. O cenário é bem conhecido: é o circuito de Sochi, localizado na cidade-resort, Krai de Krasnodar.

Na corrida passada, Mugello foi palco do passeio pelo mundo da alta velocidade sobre quatro rodas. Uma corrida “maluca” e com vários acidentes. Há uma velha máxima que diz o seguinte: “depois da tempestade, vem a bonança”, mas, este velho adágio parece não se aplicar muito ao finlandês Valtteri Bottas, que em Mugello, Itália, voltou a ser batido pelo colega. O pódio ficou completo com a subida de Alexander Albon, da Red Bull, que conseguiu o primeiro pódio na Fórmula 1.

A Ferrari continua no fundo do poço, depois de Monza, o “Cavalinho Rampante” voltou a decepciona­r em Mugello, em casa, com o oitavo lugar de Charles Leclerc e o décimo de Sebastian Vettel, numa corrida que se esperava uma celebração como poucas para a super marca, que é idolatrada pelos “Tifosis”, que completari­a a sua milésima corrida. É um momento muito doloroso na história da Ferrari, desde 2014, início da era híbrida da F1, ainda não conseguiu bater a Mercedes e, como se não bastasse, agora faz parte das equipas do segundo pelotão. A escuderia de Maranello está num sofrimento tremendo. O seu SF1000 está a manifestar uma anomalia aerodinâmi­ca, que a está a impedir de lutar por vitórias.

O maior país do mundo, ou seja a Rússia, será o “quintal” das emoções dos “mísseis terrestres”. A prova inaugural do GP da Rússia teve como vencedor o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes. O britânico é também o maior vencedor das corridas realizadas nas “terras do Czar”. Sochi parece um circuito “desenhado” para a Mercedes e seus pilotos. A equipa tem um saldo positivo de 100 por cento, pois, venceu todas as corridas até agora realizadas no parque olímpico de Sochi. Hamilton em 2014, 2015, 2018 e 2019, Nico Rosberg (alemão) 2016 e Valtteri Bottas (finlandês) 2017. Isto dá uma certa vantagem teórica aos pilotos das “Flechas de Negro”. Mas será que a teoria irá transforma­rse em prática? Olha que no GP de Monza, a Mercedes e Hamilton estavam bem encaminhad­os para mais uma vitória, até que o piloto inglês foi penalizado a 10 segundos de paragem nas boxes, por não ter visto que o “pit lane” estava fechado, na volta 20, uma situação rara em corridas, o que retirou todas as hipóteses de somarem mais uma vitória. O triunfo do francês Pierre Gasly, em Monza, foi uma prova de que as equipas Mercedes e Red Bull Racing não deviam ter apenas o foco uma na outra e nos seus pilotos, pois as equipas do segundo pelotão estão sempre à espreita.

Valtteri Bottas quer ter mais vitórias e continuar a lutar pelo título de campeão, mas, isto parece uma “montanha difícil de escalar”, quando o seu maior adversário está bem do outro lado da “montanha”, na mesma equipa e com uma enorme vantagem. Tudo tem princípio e fim. Mas, para muitos analistas, Bottas nunca conseguirá abrandar ou travar o ritmo de Hamilton, se não utilizar estratégia idêntica a de Rosberg em 2016.

Em Sochi, poderemos assistir a uma corrida alucinante com ultrapassa­gens de cortar a respiração, numa pista onde a manobra é difícil, com semelhança­s aos circuitos de Valência e Singapura. Com 19 curvas, 53 voltas, um percurso de 5,853 km (3,637mi), total 309,732 km (192,458mil), zonas de DRS, rectas, curvas e contracurv­as, os fãs do mundo da velocidade no asfalto terão, mais uma vez, a oportunida­de de “assistir” o roncar dos “mísseis terrestres” a ensurdecer as terras dos Czares e Czarinas.

Na corrida passada, Mugello foi palco do passeio pelo mundo da alta velocidade sobre quatro rodas. Uma corrida “maluca” e com vários acidentes

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DR Piloto britânico e colega de escuderia vão procurar confirmar em pista o favoritism­o

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