BNA mantém taxas de referência
O Comité de Política Monetária do Banco Nacional de Angola (CPM/BNA) reuniu ontem, em mais uma sessão ordinária para analisar o comportamento recente dos principais indicadores económicos, numa conjuntura que continua afectada negativamente pela pandemia da Covid-19.
Na reunião de ontem, o Comité decidiu manter a taxa básica de juro, taxa BNA, em 15,5 por cento; manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez em 15,5; manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez, com maturidade Overnight em 0 por cento; manter os coeficientes das reservas obrigatórias em moeda nacional em 22 por cento. Já as reservas obrigatórias em moeda estrangeira sofreram aumento de 15 para 17 por cento.
Foi ainda decidido manter-se a taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez, com maturidade de sete dias em 7,0 por cento.
Noutra perspectiva, os bancos comerciais, que operam no mercado cambial, compraram, no mês de Agosto, mais divisas aos clientes do que ao banco central.
De acordo com o comunicado final da reunião do Comité de Política Monetária do Banco Nacional, de ontem, o aumento das operações cambiais entre os bancos comerciais e os clientes resulta da estratégia de retirada gradual do BNA como o principal provedor dos recursos em moeda estrangeira no mercado interbancário. A acção garante maior transparência no funcionamento do mercado.
Ainda segundo o BNA, o stock das Reservas Internacionais Brutas situou-se em 14,64 mil milhões de dólares, em Agosto, contra 15,39 mil milhões em Julho, uma redução de 758,31milhões.
Apesar da queda das reservas internacionais, a solvabilidade externa do país continua assegurada. O nível actual corresponde a uma cobertura em torno de 11 meses de importação de bens e serviços, acima da convergência da região SADC. As Reservas Internacionais Líquidas (RIL) fixaram-se em 9,58 mil milhões de dólares.