Regresso gradual às aulas
Seis meses depois da paralisação das aulas devido à pandemia da Covid-19 e, por coincidência, o mundo assinala o Dia do Professor, o país retoma hoje, de forma gradual, a actividade lectiva presencial. Os primeiros a regressarem às aulas são os estudantes do ensino superior e da 6.ª, 9.ª, 12.ª e 13.ª classes. Prudência e segurança na procura do novo normal são as condições impostas aos estabelecimentos de ensino, que devem garantir o distanciamento físico entre estudantes e funcionários e submeter a docentes e não docentes a testagem aleatória, estando também proibida a utilização de zonas comuns das escolas com forte possibilidade de aglomeração de alunos. Estudantes, professores e pessoal administrativo são chamados a colaborar.
Depois de seis meses de paralisação, as aulas retomam hoje, em todo o país, mas muitas escolas não têm o mínimo de condições de biossegurança.
Em Luanda, das 785 escolas públicas exitentes, 100 não têm condições para o reinício das actividades lectivas. O director do Gabinete Provincial da Educação, Narciso Benedito, afirmou que ao longo dos últimos seis meses foi feito um trabalho de formação a 21.354 professores e actores do sector, para garantir um regresso às aulas com maior segurança aos alunos.
As orientações metodológicas e pedagógicas definiram a redução do programa de ensino, para estar adequado ao calendário ajustado em função da pandemia da Covid-19. Cada turma terá apenas 30 alunos, respeitando o distanciamento de um metro e meio.
As autoridades sanitárias recomendam a lavagem das mãos com frequência ou desinfectá-las com álcoolgel, sem descurar o uso da máscara durante as aulas.
No ensino geral, as aulas reiniciam apenas nas classes de exame ou seja 6ª, 9ª, 12ª e 13ª classes. Para o dia 19 de Outubro está previsto o reinício das aulas para as classes de transição, nomeadamente, 7ª classe, 8ª e 11ª.
No dia 26 deste mês poderão retomar os alunos da 1ª, 2ª e 3ª classes. De acordo com Narciso Benedito, nos primeiros cinco minutos de aulas os professores devem fazer uma pequena abordagem sobre a Covid-19.
O secretário provincial de Luanda do Sindicato Nacional dos Professores (Sinprof), Fernando Laureano, reitera que não estão criadas as condições para o regresso às aulas.
Sublinhou que nas várias escolas públicas visitadas pelo sindicato constatou-se a falta de condições para o reinício das aulas.