Jornal de Angola

Faltam garantias de boa cobrança no ano passado

Parecer do Conselho Fiscal ao relatório e contas do ano passado adianta que os proveitos não foram reconhecid­os pela Enana EP (Actual SGA) e que totalizari­am 34,6 mil milhões após actualizaç­ão cambial

- Pedro Peterson

O Conselho Fiscal da Sociedade Gestora de Aeroportos (SGA) assume a existência de falta de garantias de boa cobrança de dívidas junto de alguns organismos da administra­ção directa e indirecta do Estado, no exercício de 2019, registadas na rubrica “vendas em suspenso” com um valor inicial de 5,8 mil milhões de kwanzas.

O Conselho Fiscal da Sociedade Gestora de Aeroportos (SGA) assume a existência de falta de garantias de boa cobrança de dívidas junto de alguns organismos da administra­ção directa e indirecta do Estado, no exercício de 2019, registados na rubrica “vendas em suspenso” com um valor inicial de 5,8 mil milhões de kwanzas.

No parecer ao relatório e contas, publicado ontem no Jornal de Angola, lê-se que os proveitos não foram reconhecid­os pela Enana EP (Actual SGA), os quais totalizari­am, após a actualizaç­ão cambial, 34,6 mil milhões no final do exercício.

Entretanto, a Sociedade Gestora de Aeroportos (SGA) contabiliz­ou, em 2019, um activo de 66,6 mil milhões e passivo de 52,1 mil milhões. O resultado líquido apurado foi de 9,9 mil milhões de kwanzas.

O auditor interno sustenta ter tomado conhecimen­to de que vários saldos de clientes/fornecedor­es não foram confirmado­s a quando da elaboração do relatório e contas da empresa.

“Entendemos que a regulariza­ção de saldos deve ser feita de forma regular e consistent­e para que os registos contabilís­ticos reflictam a todo tempo e de forma adequada a situação económica e financeira da empresa”, lê-se no documento.

Por outra, verificou-se também um aumento dos proveitos operaciona­is da empresa, em relação ao período homólogo de 2018, em 8,1 mil milhões de kwanzas e no sentido inverso, a diminuição dos custos na ordem de 1,9 mil milhões, que no ponto de vista operaciona­l pareceulhe­s positivo.

Não obstante ter-se verificado um decréscimo no valor, o órgão fiscal assegura ter abordado esta questão com alguma preocupaçã­o, pelo facto de não constarem dívidas de alguns credores, como de alguns organismos de Estado, pese embora tenha sido explicado no relatório e contas do SGA, as razões da não inclusão do Estado no leque de clientes duvidosos.

Por essa via, o Conselho Fiscal da Sociedade Gestora de Aeroportos (SGA) reconheceu a existência de falhas na elaboração das contas do exercício findo em função dos atrasos registados na recolha de dados contabilís­ticos. Conforme adiantam, no exercício findo, não lhes foi possível acompanhar com a periodicid­ade e extensão considerad­a adequada, no que toca à evolução da actividade da empresa, a regularida­de dos registos contabilís­ticos, bem como o cumpriment­o das normas legais, o que fez com que a equipa visse limitada a análise financeira.

Um dos factos relevantes observados pelo Conselho Fiscal da SGA diz respeito à conformida­de dos preços e tarifas com os legalmente aprovados.

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 ?? DR ?? O Aeroporto Internacio­nal 4 de Fevereiro é o principal activo da SGA que também ressente dos efeitos da Covid-19 na aviação
DR O Aeroporto Internacio­nal 4 de Fevereiro é o principal activo da SGA que também ressente dos efeitos da Covid-19 na aviação

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