Jornalistas tunisinos defendem realização de trabalho à distância
O Sindicato Nacional dos Jornalistas Tunisinos (SNJT) reiterou o seu apelo para que os jornalistas sejam autorizados a trabalhar à distância para evitar contágios
De acordo com um comunicado de imprensa da SNJT, várias infecções por coronavírus foram registadas entre jornalistas em várias estruturas dos meios da comunicação social públicos e privados, a nível nacional e regional, a maioria delas contraídas durante reportagens.
Segundo a SNJT, as estruturas dos media são responsáveis por uma maior deterioração da situação e risco de maior contaminação dos jornalistas por não garantirem a protecção destes e não adoptarem um sistema de trabalho à distância.
Considerou que o cumprimento do protocolo sanitário não deve ser um pretexto para a violação dos direitos e das conquistas dos jornalistas, apelando às estruturas dos meios de comunicação social no sentido de fornecerem produtos de limpeza e desinfecção, equipamentos de protecção da saúde, incluindo máscaras nos locais de trabalho.
Apelou igualmente à disponibilização de meios de transporte para empregados (funcionários) a fim de se evitar a utilização de transportes públicos. Também preconizou chamadas telefónicas ou vídeoconferências com entrevistados em vez de os convidar para os seus locais de trabalho ou salas de redacção.
Tunísia anuncia cinco óbitos
A Tunísia registou cinco novas mortes por Covid-19 e mil 223 novos casos confirmados de coronavírus, anunciou o Ministério tunisino da Saúde sábado à noite.
Estas novas infecções foram detectadas em análises de laboratório efectuadas a quatro mil e 20 amostras, precisou a mesma fonte, que indicou que o número total de mortes é agora de 276.
Diante da proliferação de infecções no país, a União Geral Tunisina do Trabalho, a maior central sindical local, exigiu no sábado o estabelecimento do regime de confinamento geral obrigatório, na cidade de Sousse, por um período de 15 dias, a fim de quebrar a cadeia de contaminação do vírus e permitir uma avaliação da situação de saúde.
A central denunciou “o tratamento negativo" dado pelo poder à nova onda de propagação da pandemia, sublinhando "a ausência de uma estratégia clara de como fazer face ao vírus mortal”.