Desabamento da ponte interrompe ligação entre Tomboco e Nóqui
Pedro Makita mostrou-se desapontado com as empreiteiras que erguem escolas de Tomboco enquadradas no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios
A circulação de pessoas e bens entre os municípios do Tomboco e Nóqui, na província do Zaire, está interrompida há três dias, devido ao desabamento da ponte metálica sobre o rio Lukunga, apurou o Jornal de Angola, durante a visita do 1º secretário do MPLA no Zaire àquela infra-estrutura.
A ponte, de dez metros de comprimento e quatro de largura, construída na era colonial, desabou quando um camião carregado de mercadoria diversa circulava no sentido Tomboco/Nóqui, sem, contudo, causar vítimas.
O 1º secretário do MPLA no Zaire, Pedro Makita, que visitou a referida infra-estrutura, à margem do encontro de constatação do funcionamento do Comité Municipal do partido realizado sábado na vila do Tomboco, prometeu que o governo fará tudo para repor a circulação de pessoas e bens o mais rápido possível.
"O governo tem a obrigação de montar uma outra, para repor a normal circulação de pessoas e bens, pelo facto da via alternativa criada, sem aplicação de manilhas, não sobreviver à chuva. Por isso, vamos intimar o Executivo para que, num curto espaço de tempo, a ponte seja reposta”, garantiu.
O governo do Zaire começou, na semana passada, através da Brigada de Manutenção e Recuperação de Estradas, a terraplanagem da via Tomboco/Lúfico/Mpala. com cerca de 60 quilómetros de extensão.
O troço que se apresenta bastante acidentado, com capim e troncos de árvores a invadirem a estrada, beneficia da primeira intervenção de vulto desde a independência.
Obras mal executadas
Pedro Makita mostrou-se desapontado com as empreiteiras
Desabamento de pontes pelo país dificulta muitas vezes a circulação de pessoas e bens
que erguem escolas no município do Tomboco enquadradas no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), cujo baixo grau de execução compromete o prazo de nove meses acordado para entrega.
O descontentamento foi manifestado à imprensa, após que o dirigente e demais membros do Comité Provincial do partido efectuaram visitas a duas escolas em construção no Tomboco, sendo uma de 12 salas e outra de sete.
"As obras foram consignadas a 29 de Maio último e, decorridos quatro meses, o nível de execução está a quem do previsto. Não podemos ficar satisfeitos. Há desacordo entre
o grau de execução e o prazo de entrega da empreitada.
A empresa não se pode queixar do pagamento. Só poderá solicitar a segunda tranche que falta depois de executar a primeira.
O pagamento é feito segundo os autos de medição",
realçou. O sócio-gerente da empresa denominada Pedra Mate, Adelino Pedro Vunge, encarregue da construção da escola de 12 salas de aula, por um valor orçamental de mais de 152 milhões de kwanzas, referiu que a obra está atrasada em consequência de duas alterações ao projecto, devido às zonas acidentadas
"Tivemos duas alterações no projecto. Nesta altura, em termos de execução física, estamos abaixo de 25 por cento. Já recebemos a primeira tranche de 15 por cento do valor global. Ainda não emitimos novas facturas por não termos ainda um avanço que satisfaça o dono da obra", justificou.
O governo do Zaire começou, na semana passada, através da Brigada de Manutenção e Recuperação de Estradas, a terraplanagem da via