Jornal de Angola

Desabament­o da ponte interrompe ligação entre Tomboco e Nóqui

Pedro Makita mostrou-se desapontad­o com as empreiteir­as que erguem escolas de Tomboco enquadrada­s no Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios

- Fernando Neto | Mbanza Kongo

A circulação de pessoas e bens entre os municípios do Tomboco e Nóqui, na província do Zaire, está interrompi­da há três dias, devido ao desabament­o da ponte metálica sobre o rio Lukunga, apurou o Jornal de Angola, durante a visita do 1º secretário do MPLA no Zaire àquela infra-estrutura.

A ponte, de dez metros de compriment­o e quatro de largura, construída na era colonial, desabou quando um camião carregado de mercadoria diversa circulava no sentido Tomboco/Nóqui, sem, contudo, causar vítimas.

O 1º secretário do MPLA no Zaire, Pedro Makita, que visitou a referida infra-estrutura, à margem do encontro de constataçã­o do funcioname­nto do Comité Municipal do partido realizado sábado na vila do Tomboco, prometeu que o governo fará tudo para repor a circulação de pessoas e bens o mais rápido possível.

"O governo tem a obrigação de montar uma outra, para repor a normal circulação de pessoas e bens, pelo facto da via alternativ­a criada, sem aplicação de manilhas, não sobreviver à chuva. Por isso, vamos intimar o Executivo para que, num curto espaço de tempo, a ponte seja reposta”, garantiu.

O governo do Zaire começou, na semana passada, através da Brigada de Manutenção e Recuperaçã­o de Estradas, a terraplana­gem da via Tomboco/Lúfico/Mpala. com cerca de 60 quilómetro­s de extensão.

O troço que se apresenta bastante acidentado, com capim e troncos de árvores a invadirem a estrada, beneficia da primeira intervençã­o de vulto desde a independên­cia.

Obras mal executadas

Pedro Makita mostrou-se desapontad­o com as empreiteir­as

Desabament­o de pontes pelo país dificulta muitas vezes a circulação de pessoas e bens

que erguem escolas no município do Tomboco enquadrada­s no Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios (PIIM), cujo baixo grau de execução compromete o prazo de nove meses acordado para entrega.

O descontent­amento foi manifestad­o à imprensa, após que o dirigente e demais membros do Comité Provincial do partido efectuaram visitas a duas escolas em construção no Tomboco, sendo uma de 12 salas e outra de sete.

"As obras foram consignada­s a 29 de Maio último e, decorridos quatro meses, o nível de execução está a quem do previsto. Não podemos ficar satisfeito­s. Há desacordo entre

o grau de execução e o prazo de entrega da empreitada.

A empresa não se pode queixar do pagamento. Só poderá solicitar a segunda tranche que falta depois de executar a primeira.

O pagamento é feito segundo os autos de medição",

realçou. O sócio-gerente da empresa denominada Pedra Mate, Adelino Pedro Vunge, encarregue da construção da escola de 12 salas de aula, por um valor orçamental de mais de 152 milhões de kwanzas, referiu que a obra está atrasada em consequênc­ia de duas alterações ao projecto, devido às zonas acidentada­s

"Tivemos duas alterações no projecto. Nesta altura, em termos de execução física, estamos abaixo de 25 por cento. Já recebemos a primeira tranche de 15 por cento do valor global. Ainda não emitimos novas facturas por não termos ainda um avanço que satisfaça o dono da obra", justificou.

O governo do Zaire começou, na semana passada, através da Brigada de Manutenção e Recuperaçã­o de Estradas, a terraplana­gem da via

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