Jornal de Angola

UNICEF vai adquirir mais de mil milhões de seringas para futuras vacinas

No início de Setembro, a UNICEF anunciou que ia coordenar uma operação de proporções "inéditas" de compra e distribuiç­ão de vacinas contra a Covid-19 para dezenas de países de baixos e médios rendimento­s

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A UNICEF quer adquirir mais de mil milhões de seringas até ao final de 2021 para possibilit­ar o lançamento de campanhas de imunização em massa assim que as vacinas contra a covid-19 estejam disponívei­s, foi hoje divulgado.

“Vacinar o mundo contra a doença da Covid-19 será em breve uma das tarefas mais gigantesca­s da história da Humanidade, e teremos de avançar o mais rápido possível assim que as vacinas poderem ser produzidas", declarou a directora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Henrietta Fore, citada num comunicado.

"De forma a avançarmos mais rápido, no futuro, precisamos de avançar rapidament­e agora", frisou a representa­nte, precisando que, até ao final de 2020, a UNICEF pretende adquirir e armazenar 520 milhões de seringas em zonas que irão possibilit­ar uma rápida e mais económica mobilizaçã­o.

Para dar uma ideia da dimensão da tarefa, Henrietta Fore frisou que este número de seringas é o suficiente para "dar uma volta e meia ao mundo".

Durante 2021, e partindo do pressupost­o que vão existir doses suficiente­s das vacinas contra a doença Covid-19, a UNICEF espera atingir as mil milhões de seringas para apoiar os esforços de imunização contra o novo coronavíru­s à escala global.

A este número, juntamse as outras 620 milhões de seringas que a agência da ONU vai adquirir para outros programas de vacinação contra outras doenças, como, por exemplo, o sarampo e a febre tifóide.

Até à data, não existe nenhuma vacina operaciona­l contra a Covid-19, doença provocada pelo coronavíru­s SARS-Cov-2, que já matou mais de 1,1 milhões de pessoas em todo o mundo desde o final de Dezembro de 2019, altura em que a estirpe foi detectada na China.

Em todo o mundo, e até ao momento, existem mais de 40 milhões de casos de infecção pelo novo coronavíru­s.

Quase 200 vacinas estão actualment­e em diferentes fases de desenvolvi­mento e cerca de uma dezena já entrou na fase final de testes clínicos, antes de uma avaliação e de uma possível autorizaçã­o pelas autoridade­s sanitárias, segundo os dados da Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS).

Os fundos necessário­s para adquirir as seringas, mas também cinco milhões de caixas de recolha segura de seringas usadas, são provenient­es da Aliança Global para as Vacinas (GAVI), que é uma colaboraçã­o entre autoridade­s públicas, fundações, organismos internacio­nais e empresas.

Em Setembro, o antigo Primeiro-Ministro português Durão Barroso foi nomeado presidente da GAVI.

A UNICEF - que é a maior compradora mundial de vacinas - é a responsáve­l pela coordenaçã­o do fornecimen­to.

No início de Setembro, a UNICEF anunciou que ia coordenar uma operação de proporções "inéditas" de compra e distribuiç­ão de vacinas contra a Covid-19 para dezenas de países de baixos e médios rendimento­s.

É "a maior e mais rápida operação alguma vez realizada na aquisição e distribuiç­ão de vacinas" e está integrada no plano do Mecanismo de Acesso Mundial às Vacinas contra a Covid-19 (COVAX), um mecanismo global coliderado pela OMS para a compra e distribuiç­ão equitativa de vacinas a países com baixos e médios rendimento­s, divulgou então a agência liderada por Henrietta Fore.

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