Vaticano confirma caso na residência do Papa
O Vaticano
confirmou, sábado, um caso positivo à Covid-19 na Casa Santa Marta, a residência do Papa Francisco, sendo que a pessoa infectada não apresenta sintomas e já foi isolada, informou o porta-voz da Santa Sé.
De acordo com Matteo Bruni, o paciente deixou temporariamente a Casa Santa Marta, residência onde o pontífice argentino preferiu morar no Vaticano, e todas as pessoas com as quais manteve contacto directo foram isoladas.
Matteo Bruni observou ainda que os três residentes do Vaticano que testaram positivo para o novo coronavírus nos últimos dias já estão curados.
O Governo do Vaticano obrigou o uso da máscara em todo o território, também ao ar livre, e em todas as sedes extraterritoriais, territórios e edifícios romanos sobre os quais tem jurisdição.
Porém, na quarta-feira, pela primeira vez, o pontífice renunciou saudar os fiéis no início e no final da audiência, desculpou-se por isso, por renunciar à proximidade, e instou-os a respeitar os protocolos de saúde contra o novo coronavírus.
Durante a primeira onda da pandemia, o Vaticano registou 12 casos de contágio.
Francisco reza pelas vítimas
O Papa Francisco e líderes de várias religiões, entre os quais o patriarca ortodoxo Bartolomeu I, rezam hoje na Praça do Capitólio de Roma pelas vítimas da guerra e da pandemia de Covid-19.
Para a 34ª edição do dia da oração pela paz, organizada pela Comunidade de Santo Egídio, Francisco deixa o Vaticano para participar na celebração, que começa com um momento de oração ecuménica com as demais confissões cristãs na Basílica de Santa Maria em Aracoeli, em Roma, e depois na cerimónia seguinte com os representantes das grandes religiões do mundo na Praça do Capitólio.
O evento, que se realiza com limitação de presenças devido às restrições impostas pela Covid-19, celebra-se “num momento difícil da história” marcado “pela pandemia, mas também por velhas e novas guerras em curso – como a que dura há 10 anos na Síria ou a última em Nagorno-Karabakh”, segundo um comunicado da Comunidade de Santo Egídio.
“Desde o coração da Europa será oferecido ao mundo um momento solene de reflexão, oração e encontro: uma mensagem de esperança para o futuro em nome de um bem maior, que é o da paz”, acrescenta-se no documento.
Os líderes religiosos vão rezar em vários lugares pouco depois das 16h00. Na basílica de Aracoeli, o Papa Francisco e outros cristãos, com a presença do Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, e dos representantes das diferentes igrejas ortodoxas e protestantes, enquanto os judeus se reúnem na grande sinagoga de Roma, e os muçulmanos nos Museus Capitolinos, bem como budistas e representantes de religiões orientais.
Após cerca de uma hora encontram-se todos na Praça do Capitólio, onde estará também o Presidente da República de Itália, Sérgio Mattarella, para o início da cerimónia e das várias intervenções.
No final haverá um minuto de silêncio em memória das vítimas da pandemia de Covid-19 e de todas as guerras e os líderes religiosos em conjunto acenderão o candelabro da paz.