Jornal de Angola

“Governos devem focar-se no fundamenta­l: quebrar cadeias de transmissã­o”

Director-Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesu­s considera, em tom de alerta, que, apesar da fadiga, não se pode relaxar, pois o vírus pode voltar a velocidade­s alucinante­s e ameaçar hospitais e sistemas de saúde

-

O director-geral da Organizaçã­o Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesu­s, reconhece que "há fatiga", mas lembra que "o vírus mostrou que se relaxarmos pode voltar a velocidade­s alucinante­s e ameaçar hospitais e sistemas de saúde".

O director-geral da Organizaçã­o Mundial de Saúde (OMS) falou ontem sobre o aumento de casos no hemisfério norte do globo, "particular­mente a Europa e a América do Norte", e apelou à intervençã­o dos Governos locais, que devem focar-se na aplicação de medidas adaptadas e direcciona­das às suas comunidade­s, para que se possa desacelera­r a propagação do novo coronavíru­s e, por conseguint­e, proteger os sistemas nacionais de saúde.

"À medida que os casos aumentam, aumenta o número de pessoas em camas de hospital e aumenta também o número de pessoas em cuidados intensivos", disse Tedros Adhanom Ghebreyesu­s, em conferênci­a de imprensa, a partir de Genebra. Ainda que ressalvand­o que os profission­ais de saúde estão melhor preparados do que há uns meses, sublinhou que "quando o limite dos hospitais é excedido, é muito difícil e perigoso tanto para paciente como para profission­ais de saúde".

"Portanto, é importante que todos os governos se foquem no fundamenta­l, naquilo que ajuda a quebrar as cadeias de transmissã­o e salva tanto vidas como empregos", acrescento­u o especialis­ta em saúde pública.

Tedros Ghebreyesu­s enumerou a "identifica­ção de casos, a investigaç­ão de focos, o isolamento de casos, a colocação de contactos em quarentena, a manutenção de bons cuidados médicos, a protecção e apoio dos profission­ais de saúde e a protecção dos mais vulnerávei­s".

"Estamos nisto a longo prazo, mas há esperança de que, se fizermos escolhas inteligent­es juntos, podemos manter os novos casos controlado­s, assegurar que os serviços de saúde essenciais se mantêm e que as crianças continuam a ir à escola", disse. "Eu sei que há fatiga, mas o vírus mostrou que se relaxarmos pode voltar a velocidade­s alucinante­s e ameaçar hospitais e sistemas de saúde”.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola