Defendida formação contínua de técnicos
Objectivo das autoridades é elevar a qualidade da gestão das unidades sanitárias e da prestação de serviços a todos os níveis e em todo o território nacional
A implementação de políticas que garantam a formação contínua dos profissionais de saúde, facilitando a sua participação na resolução dos problemas que afectam a sociedade, é uma das prioridades do Executivo.
Quem o diz é a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, que, ao discursar ontem na cerimónia de abertura dos cursos de especialização pós-médio em Saúde, sublinhou que a formação permitirá elevar a qualidade da gestão das unidades sanitárias e da prestação de serviços a todos os níveis e em todo o território nacional.
Dirigindo-se aos mais de 50 técnicos que serão formados em ortoprotesia, instrumentação, cuidados intensivos, anestesia e reanimação, a governante disse que a formação se enquadra na dinâmica do Ministério que visa prestar cuidados diferenciados de saúde às populações, de forma a assegurar o alcance da cobertura universal, cujo objectivo consiste em não deixar ninguém para trás, rumo à construção de uma Angola saudável.
A formação, acrescentou, insere-se no cumprimento das metas definidas no Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário 2012/2025 (PNDS), alinhado com o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018/2022.
Em relação ao curso de ortoprotesia, a ministra disse tratar-se de uma experiência nova, inserida no programa de formação de técnicos pósmédia, que visa assegurar a produção, manutenção, orientação do uso de prótese, com vista a reabilitação física de crianças, jovens e adultos.
De acordo com a ministra Sílvia Lutucuta, citada, ontem, pela Angop, Angola necessita de jovens profissionais, motivados, dedicados, com conhecimento e competência reconhecida.
Frisou que o sector social e a saúde em particular se apresentam como prioridade do Executivo, por ser um eixo estratégico e fundamental para a redução da pobreza e a construção de uma Nação progressiva e cada vez mais democrática.
Na visão da ministra, o maior desafio para melhorar a oferta de serviços da saúde no país prende-se com o aumento de recursos humanos capacitados.
Sílvia Lutucuta lembrou que, em 2018, entre 22 institutos técnicos de saúde em funcionamento, apenas os de Benguela, Luanda, Huíla e Malanje realizaram formação pós-média, em sete especialidades, tendo formado 107 parteiras, 70 técnicos de pediatria, 42 em anestesia e reanimação, 29 em instrumentação, 12 em cuidados intensivos e nove em nefrologia.
Os cursos pós-médio permitem o aumento do conhecimento teórico e prático, com maior predomínio para o “saber fazer”.
As formações conferem também a certificação que possibilita ao técnico evoluir na carreira, através de concursos de promoção.
Nesta formação participam profissionais das províncias de Luanda, Lunda-Sul, Lunda-Norte, Cuando Cubango, Moxico, Uíge, Cuanza-Sul, Zaire, Cunene e Bié.
Os cursos de especialização pós-médio permitem o aumento do conhecimento teórico e prático, com maior predomínio para o “saber fazer”