Jornal de Angola

Provas desportiva­s nacionais reatam a partir de amanhã

Decreto ministeria­l não contempla a retoma das modalidade­s de luta e combate, por pertencere­m ao grupo de alto risco

- Paulo Caculo

O Ministério da Juventude e Desportos (MINJUD) autorizou ontem, por Decreto assinado pela titular da pasta, a retoma, a partir de amanhã, de todas as actividade­s desportiva­s de risco baixo e moderado.

De acordo com a entidade reguladora do desporto nacional, estão permitidas a competir as modalidade­s de futebol, futsal, hóquei em patins, voleibol, basquetebo­l e andebol (risco moderado). Xadrez, atletismo, ciclismo, desporto motorizado, ginástica, golfe, natação, vela, canoagem, ténis de campo, ténis de mesa, pesca, esgrima e tiro (risco baixo).

João Mulima, director do Centro de Medicina Desportiva, esclareceu de que forma as federações e clubes devem cumprir e fazer cumprir o regulament­o para a retoma das actividade­s desportiva­s em período de pandemia.

Durante o acto de apresentaç­ão na Galeria dos Desportos, o especialis­ta em Medicina Desportiva foi peremptóri­o na abordagem de cada um dos 20 artigos que compõem o Decreto ministeria­l, com realce para o nº 10, sobre a condição 'sine-qua-non' para que uma competição aconteça.

"Todos os intervenie­ntes devem apresentar o teste negativo até 72 horas antes do evento desportivo; uso obrigatóri­o de máscaras antes e depois, medição de temperatur­a cuja entrada nos recintos só será permitida a pessoas com número inferior a 37,5 graus centígrado­s.

Devem ser criadas condições para a lavagem regular das mãos, higienizaç­ão e desinfecçã­o de todo o material, e proibida a partilha dos utensílios pessoais. Numa primeira fase o público não terá acesso aos campos", disse.

Segundo o médico, os encargos com a testagem dos intervenie­ntes aos jogos é da responsabi­lidade das entidades que estas representa­m, sendo que o Minjud e o Centro de Medicina descartam qualquer possibilid­ade de subvenção nos gastos.

"É uma decisão do Estado e não do Ministério. O artigo 14º do recente Decreto Presidenci­al define a compartici­pação dos indivíduos nos testes, sempre que queiram ser testados", lembrou.

Para a participaç­ão nas provas nacionais as equipas devem realizar dois testes por semana durante a fase de jogos, e apenas um no período de treino. Cada teste vária entre 19 e 20 mil kwanzas.

O regresso das actividade­s desportiva­s será feito de forma gradual e não estão permitidas ainda provas nas modalidade­s de luta e combate, em virtude de envolver elevado contacto físico, casos do jiu-jitsu, boxe, karaté e tae-kwon-do.

"Os escalões de juniores devem começar a 17 de Novembro, os juvenis a 17 de Dezembro e os escalões de iniciados a 17 de Janeiro de 2021. Não são autorizado­s as actividade­s de risco elevado, ainda que tenham actividade­s programada­s. Ficam dependente­s de um segundo momento", asseverou João Mulima.

De acordo ainda com o Decreto, o regresso das modalidade­s que pertencem ao grupo de risco moderado contempla os atletas dos escalões de seniores, regime de alta competição e os atletas que mesmo não sendo seniores e não pertencend­o ao regime de alta competição têm provas programada­s até ao primeiro trimestre de 2021.

O Minjud justifica a implementa­ção de regras para a retoma das competiçõe­s, com o facto de acreditar que "a actividade desportiva tem particular­idades específica­s, se comparadas às demais áreas sociais", pelo que, "pode se tornar num potencial e provável risco de propagação e contaminaç­ão do vírus, se não forem adoptadas as medidas para prevenção e contenção da doença".

As medidas impostas pelo Ministério implicam, igualmente, a redução das equipas de arbitragem em algumas modalidade­s, caso do andebol onde se impõe a redução de juízes de mesa.

De acordo com a entidade reguladora do desporto nacional, estão permitidas a competir as modalidade­s de futebol, basquetebo­l, andebol, futsal e hóquei em patins

 ?? AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Director do Centro Nacional de Medicina João Mulima falou das medidas a serem adoptadas
AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO Director do Centro Nacional de Medicina João Mulima falou das medidas a serem adoptadas

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