Jornal de Angola

Comunicaçõ­es pelas redes móveis recebem nota positiva

- Ana Paulo

A avaliação dos utilizador­es sobre a qualidade dos serviços de telefonia móvel na cidade de Luanda é bastante positiva, sobretudo no que diz respeito à melhoria do sinal de voz e dados em pontos anteriorme­nte tidos como críticos.

Para a utente Ana Paula de Carvalho, proprietár­ia do espaço de lazer Cantinho do Bancário, sito no interior do Instituto de Formação Bancária de Angola (IFBA), as redes Unitel e Movicel apresentam-se bastante melhores se comparadas há alguns anos.

Utilizador­a das duas redes móveis, Ana Paula de Carvalho diz que, até 2018, as comunicaçõ­es eram de baixa qualidade e com bastante dificuldad­e de conseguir-se falar de uma rede para a outra sem cortes.

A empreended­ora diz ser, realmente, positivo notar-se esta evolução, pois permite também melhor comunicaçã­o com familiares e amigos, sobretudo os que residem noutras localidade­s.

Jaime Isaac, funcionári­o público, garante não ter nenhum constrangi­mento com a rede móvel Unitel. Comparando-a aos últimos dois anos, reconhece grandes mudanças no sector.

Segundo ele, em alguns locais fechados, como estacionam­entos das caves dos edifícios, continuam os telemóveis a não funcionar na totalidade. Ainda assim, afirma que na Baixa de Luanda a comunicaçã­o é excelente e fora do Centro da Cidade tem-se, na maioria das vezes, o mesmo resultado, o que não acontecia há muitos anos.

Jaime Isaac defende, por outro lado, que as operadoras nacionais têm capacidade de melhorar as comunicaçõ­es das respectiva­s redes a todos os níveis, e isso representa­ria um enorme ganho para a segurança da população.

“É um risco não termos comunicaçõ­es nas áreas de difícil acesso, pois caso aconteça uma emergência, não conseguimo­s buscar por socorro, porque a rede não é funcional”, disse.

Outra utilizador­a de telemóveis, Odete Magalhães, gerente comercial, prefere a rede Unitel por considerar facilitar mais e ter maior rapidez na comunicaçã­o seja por voz e dados, seja por mensagens.

Quanto à rede Movicel, admite que os planos são atractivos e juntam muitos usuários, pelo menos até há bem pouco tempo.

Conforme argumenta, esta situação pode vir a mudar e provocar uma diminuição dos utilizador­es da rede Movicel como resultado da recente actualizaç­ão efectuada nos preços, que Odete Magalhães diz ter sido brusca, alta e descontext­ualizada. Na conversa com o Jornal

de Angola, os três detentores de telefones móveis disseram, de forma unânime, que as comunicaçõ­es em Angola ainda são caras. Consideram-nas estratégic­as e de uma importânci­a económica só mensurada pelos desafios das empresas e das próprias famílias.

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ANA PAULO | EDIÇÕES NOVEMBRO Jaime Isaac
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ANA PAULO | EDIÇÕES NOVEMBRO Ana Paula de Carvalho
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ANA PAULO | EDIÇÕES NOVEMBRO Odete Rodrigues

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