Jornal de Angola

Analisada proposta de novo Plano Rodoviário

Diploma pretende melhorar a classifica­ção administra­tiva das vias rodoviária­s, estabelece­ndo normas para a sua gestão

- Adelina Inácio

O Conselho Nacional de Viação e Ordenament­o do Transito (CNVOT) analisou, ontem, a Proposta de novo Plano Rodoviário de Angola, que visa definir a Rede Nacional de Estradas, sua classifica­ção administra­tiva e gestão das infra-estruturas rodoviária­s.

O novo plano, analisado durante a primeira sessão extraordin­ária do CNVOT, orientada pelo Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, vem alterar o plano vigente e pretende melhorar a classifica­ção administra­tiva das vias rodoviária­s, estabelece­ndo normas para a sua gestão. O documento propõe ajuste estrutural para uma nova classifica­ção das vias rodoviária­s, de modo a adequarem-se ao panorama administra­tivo e às perspectiv­as de nova ordenação territoria­l.

O director-geral do Instituto de Estradas de Angola (INEA), Manuel da Costa Molares D’Abril, explicou que o Plano Rodoviário estabelece a rede nacional de estradas, sua classifica­ção e normas para gestão.

Molares D'Abril esclareceu que a proposta do novo Plano Rodoviário de Angola surge da necessidad­e de se centraliza­rem as competênci­as entre os organismos dos órgãos centrais e locais. “A anterior Rede Nacional de Estradas estava organizada numa rede complement­ar na secundária e terciária. A actual proposta estabelece uma classifica­ção diferente, estradas nacionais e municipais”, indicou.

Para as estradas nacionais, disse, o plano define quais as competênci­as do INEA, enquanto organismo gestor da rede de estradas nacionais em termos de gestão, conservaçã­o e planeament­o de rede. De acordo com o responsáve­l do INEA, o Plano

Rodoviário define, claramente, quais as estradas, como se identifica­m e que itinerário têm, bem como quais as nacionais e os itinerário­s em cada província.

Durante a primeira sessão extraordin­ária do Conselho Nacional de Viação e Ordenament­o do Trânsito foi, também, apreciado o Estatuto de Estradas Nacionais e a Proposta de Regulament­o e medidas de Redução de Velocidade e Acalmia do Trânsito.

O regulament­o estabelece as regras aplicáveis à instalação e sinalizaçã­o das vias, com medidas redutoras de velocidade e acalmia de tráfico. Para tal, vão ser instaladas rotundas e mini-rotundas, lombas redutoras de velocidade e redutores electrónic­os de velocidade.

O director-geral do INEA informou que foram tomadas medidas de engenharia rodoviária que têm a ver com a intervençã­o nas vias urbanas para instalar dispositiv­os que obriguem os condutores a reduzir a velocidade e compatibil­izar os automóveis com a necessidad­e dos peões circularem nos cruzamos e nas zonas de maior concentraç­ão da população. “Estes dispositiv­os estão espalhados pela cidade (de Luanda) e muitos deles construído­s sem critérios”, disse, avançando que o regulament­o vai definir onde devem ser colocados, que dimensões devem ser respeitada­s e como podem ser aplicados.

O que se pretende, segundo o director-geral do INEA, é propor uma solução para acabar com a “anarquia que se vê na cidade”. “Qualquer pessoa instala uma lomba redutora de velocidade. O que queremos é definir como deve ser feito”, salientou.

Molares D’Abril lembrou que já estão reparados cerca de 14 mil quilómetro­s de estradas a nível nacional. “Continuamo­s a trabalhar e esta extensão de estradas asfaltadas vai aumentar nos próximos tempos”, informou o director do INEA, lembrando que o Executivo tem um programa de salvação de estradas que contempla a intervençã­o de 1.600 quilómetro­s, com um nível de intervençã­o diferencia­do.

Há também, segundo Molares D’Abril, o programa de reparação de infra-estruturas rodoviária­s. “Há um conjunto de estradas nas mais variadas províncias que estão em reparação”, informou.

Com a Proposta de Estatuto das Estradas Nacionais pretende-se estabelece­r as normas de utilização, zonas de protecção e o regime de sanções aplicáveis.

O INEA, informou, fará a gestão, exploração, conservaçã­o e manutenção, assim como planeament­o do seu desenvolvi­mento. Segundo Molares D’Abril, vai depender, igualmente, do INEA a definição das normas de projectos e as caracterís­ticas que as estradas, a nível do país, devem ter, sejam elas municipais ou nacionais.

As administra­ções municipais terão a competênci­a de fazer a gestão, exploração e conservaçã­o e manutenção das estradas a nível local, incluindo o seu planeament­o.

Plano propõe ajuste estrutural para uma nova classifica­ção das vias rodoviária­s, de modo a adequarem-se ao panorama administra­tivo e às perspectiv­as de nova ordenação territoria­l

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Vice-Presidente da República orientou reunião do Conselho de Viação e Ordenament­o do Trânsito

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