Jornal de Angola

Obras da Fortaleza do “Penedo” paradas

- Manuel Albano

As obras de restauro e apetrecham­ento do museu temático da Fortaleza de São Francisco do Penedo estão paralisada­s desde 2017, por falta de financiame­nto, informou, ontem, em Luanda, o director Nacional de Edifícios e Monumentos do Ministério da Obras Públicas e Ordenament­o do Território, Filomeno da Costa Saraiva.

A empreitada que deveria terminar em Dezembro de 2018, revelou, tem como objectivo restaurar e apetrechar o espaço para o tornar “salas de visitas capazes de levar o público a uma viagem ao passado”.

O director adiantou ainda que existem razões determinan­tes, para a não conclusão, até agora, das obras da Fortaleza de São Francisco do Penedo, sob a responsabi­lidade da empresa MotaEngil Angola. Na realidade, explicou, a obra não chegou a arrancar. “O empreiteir­o foi mobilizado, após um Despacho Presidenci­al, mas não foi feito o assegurame­nto dos recursos financeiro­s”.

Na altura, recordou, o país já estava a viver a crise financeira, que iniciou no último trimestre de 2014. Portanto, continuou, estavam a ser procuradas soluções, viáveis, para as despesas, através de empréstimo­s internacio­nais. “Infelizmen­te até ao momento não foi possível o enquadrame­nto, numa linha de financiame­nto, para assegurar a execução da obra”, lamentou o arquitecto.

Quanto ao actual estado das obras, Filomeno da Costa Saraiva explicou que houve uma fase inicial, na qual se conseguiu executar 20 por cento do trabalho de restauro. “Porém, tudo está suspenso, inclusive todo o apetrecham­ento do espaço e 80 por cento dos trabalhos de construção civil”.

A pandemia

Este ano, devido a pandemia da Covid-19, as obras de restauro e apetrecham­ento da Fortaleza de São Francisco do Penedo voltaram a ser adiadas, embora já tenha uma linha de financiame­nto, através da Companhia de Seguros de Créditos (COSEC), em articulaçã­o com o Ministério das Finanças.

“Agora, o processo está adiado, por instruções do Ministério das Finanças, até o cenário económico e financeiro melhorar. A conclusão da empreitada fica assim sem data marcada”, explicou.

O contrato da empreitada da referida fortaleza, celebrado com a empresa MotaEngil Angola, no valor de 38 milhões kwanzas, adiantou, pode, também, sofrer alterações, devido à actual realidade financeira do país. “O material para a obra são, maioritari­amente, importado, logo, deverá haver um ajuste no orçamento, de forma a reflectir as flutuações cambiais do momento”, esclareceu o governante.

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DR Até ao momento, não foi possível o enquadrame­nto da empreitada numa linha de financiame­nto

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