Jornal de Angola

País comprometi­do com serviços públicos

- Edna Mussalo

Angola tem assumido o compromiss­o de garantir o contínuo acesso da população aos serviços públicos, apesar da desacelera­ção económica, marcada pela depreciaçã­o do preço de petróleo e agravada com a pandemia da Covid-19, afirmou, ontem, a secretária de Estado para os Direitos Humanos e Cidadania, Ana Celeste Januário.

Apesar do ambiente de desacelera­ção económica, marcada pela depreciaçã­o do preço de petróleo e agravada com a pandemia da Covid19, Angola tem assumido o compromiss­o de garantir o contínuo acesso da população aos serviços públicos, como água, saneamento, energia, saúde, educação e habitação.

A afirmação foi feita pela secretária de Estado para os Direitos Humanos e Cidadania, Ana Celeste Januário, durante um debate público, realizado, em Luanda, no âmbito da implementa­ção do Pacto Internacio­nal dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais (PIDESC).

Ana Celeste Januário reconheceu que muito ainda se deve fazer no âmbito das políticas públicas, atendendo à situação de agravament­o da condição social das populações mais vulnerávei­s, o que, de certa forma, compromete o país, admitiu. Ana Celeste Januário defendeu que tudo deve ser feito para empreender esforços no sentido de alcançar resultados cada vez mais significat­ivos.

O Estado, disse, fixou um conjunto de prioridade­s orientadas para a promoção do desenvolvi­mento humano, inclusivo e sustentáve­l, baseado na estabilida­de e cresciment­o económico.

A secretária de Estado admitiu que, apesar de existirem progressos, também há, ainda, desafios a longo prazo ligados ao reforço das infra-estruturas, desenvolvi­mento da qualidade dos recursos humanos e dos serviços, bem como a capacitaçã­o institucio­nal e técnica, diversific­ação económica, criação de oportunida­des para acesso e qualificaç­ão da população jovem, bem como a redução da disparidad­e e o investimen­to do Estado no sector social.

“Investimen­tos estão a ser feitos para melhorar a implementa­ção dos Direitos Económicos Sociais e Culturais, nomeadamen­te no sistema de ensino e na promoção da igualdade de género”, garantiu.

A secretária de Estado acrescento­u que, Angola, como Estado-parte do PIDESC, está obrigada a apresentar relatórios periódicos ao Comité, tendo já feito em 2008 e em 2016, alturas em que recebeu recomendaç­ões.

O debate foi realizado pelo Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, em preparação do próximo relatório - agendado para 2021 -, no âmbito do respeito do princípio da democracia participat­iva.

Ana Celeste Januário disse que o país assumiu o compromiss­o da realização, progressiv­a e concreta, dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais, através da implementa­ção de programas concretos, com a aprovação de instrument­os legislativ­os e programáti­cos.

O Pacto Internacio­nal dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais (PIDESC) foi adoptado, em 1966, pela Assembleia-Geral das Nações Unidas. Entrou em vigor em 1976. São partes do PIDESC 162 Estados, incluindo Angola, que o ratificou em 1992.

O encontro de ontem visou analisar e avaliar o compromiss­o que Angola assumiu diante do PIDESC, sobre a promoção dos Direitos Humanos.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Secretária de Estado para os Direitos Humanos e Cidadania

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