Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- JERÓNIMO MALAMA Chicala II

Internet da UNITEL

Sou usuário dos serviços de Internet da UNITEL há algum tempo, mas desde muito recentemen­te que voltei a adquirir um novo modem, com cartão SIM da referida operadora, que me tem pregado susto. Ao contrário do passado, em que o pagamento da Internet era feito com a previsão de gastos e tempo, hoje para melhor ir ao bolso dos clientes a operadora atribui tudo ao uso. Pagas mais e mais não importa porque tudo pode acabar no mesmo minuto, sem que a pessoa tenha uma previsão. É um roubo autêntico. Deixa-me dizer que os serviços de acesso à Internet, quer da Movicel, quer da UNITEL, já foram acessíveis e, mais importante, passíveis de quantifica­r, programar e prever gastos ao longo de dias, semanas e meses. Há algum tempo, era fácil prever e pagar com a percepção, ainda que sob estimativa, do tempo de usufruto, independen­temente dos gastos dependerem da forma como se acessasse, na altura. Qualquer pessoa podia programar o carregamen­to do modem com a previsão de gastos estimados, realidade que ajuda a programar a vida.

Hoje, a UNITEL pretende fazer o contrário, levar as pessoas a pagarem para recarregar­em um modem para acesso à Internet sem uma previsão temporal, atribuindo aos gastos ao uso ou forma de acesso. É verdade que sempre foi assim e com a diferença de que antes era possível qualquer usuário ter um perfil de uso e gasto previsível decorrente do pagamento que fez. Eu não compreendo como é que hoje a UNITEL tem dificuldad­e em estabelece­r um padrão ou padrões de gastos em que os clientes consigam programar as suas vidas, pagando determinad­o valor para um determinad­o tempo, como sucedia no passado. Não se pode pagar para acessar à Internet e os gastos ficarem unicamente condiciona­dos ao uso sem que haja uma previsão, ainda que em estimativa. Será que os utts, o volume de megabites gastos no acesso, ao abrir vídeos ou áudios, não são quantificá­veis em termos de tempo e valor? Será que, tal como no passado, quando o acesso era feito sob uma espécie de sistema pós pago, em que as pessoas sabiam de antemão para quanto tempo estariam a pagar, não pode voltar a ocorrer? Não estão em causa ainda os valores que a operadora cobra para o acesso à Internet, que não é barato, mas apenas a modalidade por via da qual as pessoas poderiam programar melhor as suas vidas e reduzir o sentimento de estarem a ser roubadas. É que assim, a sensação de roubo é grande e espero que as entidades competente­s façam alguma coisa porque em todo o mundo a tendência não é a Internet tornarse cara, mas o contrário.

PAULO BOTOMONA

Cazenga

Um alerta importante

Escrevo pela primeira vez para o Jornal de Angola para falar e elogiar a entrevista dada pelo Presidente da Comissão Executiva da Comunidade Econômica dos Estados da África Central (CEEAC), que deixou importante recados à diplomacia angolana. Gilberto Veríssimo exemplific­ou que o país não retira proveitos, como Estado membro com contribuiç­ões em dia, dos grandes projectos das organizaçõ­es de que faz parte. E isso é mau para Angola, que deve começar a capacitar mais os quadros.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola