Clubes da Huíla contra decisão
O Desportivo da Huíla e o Benfica do Lubango os mais quotados e assíduos clubes huilanos em provas nacionais, descartam o regresso às competições, sem a subvenção aos testes da Covid-19. Esta reacção surge em função da directiva do Ministério da Juventude e Desportos (Minjud), em que o Estado atribui a responsabilidade aos fazedores do desporto.
O director administrativo do Clube Desportivo da Huíla, Ezequias Domingos, afirmou ser o futebol nacional ainda pobre, daí a necessidade de comparticipação do Estado.Para ele, sem subvenção institucional, os clubes terão dificuldades em retomar as actividades, por incapacidade financeira para suportar a demanda de testagem.
Defendeu melhor análise das estruturas governativas, com vista a salvaguardar algumas disciplinas desportivas, fundamentalmente, as que têm compromissos internacionais. Já o presidente do Benfica do Lubango, Jacques da Conceição, considerou que a posição do Ministério de tutela demonstra pouco comprometimento com o desporto.
Explicou, por exemplo, que o seu clube tem mais de 700 atletas, em 11 modalidades, e sem capacidade para custear os testes, a mensagem do Minjud significa paragem.A autorização da retoma das actividades, apresentada, segunda-feira, restringese ao regime de alta competição, mediante a observância das medidas de biossegurança.
Os testes obrigatórios devem ser realizados 72 horas antes das competições e regularmente antes de cada treino. O regimento sanitário desportivo prevê, numa primeira fase, o retomar das actividades nas modalidades de baixo e moderado risco, como atletismo, xadrez, natação, ténis, tiro, golfe, futebol, basquetebol e andebol.