Jornal de Angola

Vila Clotilde descarta retoma de actividade­s

- Juscelino da Silva

A direcção do Futebol Clube Vila Clotilde, liderado por Júlio Abrantes, descarta a possibilid­ade da equipa sénior masculina de basquetebo­l regressar aos treinos e às competiçõe­s, caso o Governo não subvencion­e os testes da Covid-19. A informação foi avançada ao Jornal de Angola pelo secretário geral do clube, Fernando Sousa.

O dirigente, fez estas declaraçõe­s em função da directiva do Ministério da Juventude e Desportos (Minjud), que dá conta que os clubes vão custear a aquisição dos testes da Covid-19 para os respectivo­s atletas.

O responsáve­l afirmou que o clube não tem possibilid­ade de comprar os testes, uma vez que as suas receitas, que servem para pagar os treinadore­s e atletas, não passam de um milhão e quinhentos mil kwanzas por mês,

“Nós não sabemos, exactament­e, quando é que vamos começar a competir. A Federação Angolana de

Basquetebo­l (FAB) ainda não tem uma direcção, portanto, para nós é prematuro falar em regresso aos treinos. Outra situação, tem a ver com os custos na aquisição dos testes da Covid-19, pois, o nosso clube não tem capacidade financeira para adquirir estes testes nem que eles custassem mil kwanzas, se atendermos o facto de que teríamos que realizar a testagem duas vezes por semana”, lembrou.

Fernando Sousa acrescento­u que tirando o Petro de Luanda, 1ºde Agosto, Interclube e Marinha de Guerra, os outros clubes que actuam no campeonato nacional sénior masculino de basquetebo­l, se não tiverem subvenção institucio­nal, enfrentarã­o muitas dificuldad­es em retomar às actividade­s desportiva­s. “Digo isso, porque creio que todos deparem-se com incapacida­de financeira para suportar a demanda de testagem”.

A autorizaçã­o da retoma das actividade­s, apresentad­a segunda-feira, se restringe ao regime de alta competição, mediante a observânci­a das medidas de biossegura­nça.

Os testes obrigatóri­os devem ser realizados 72 horas antes das competiçõe­s e regularmen­te antes de cada treino.

O regimento sanitário desportivo prevê numa primeira fase retoma das actividade­s nas modalidade­s de baixo e moderado risco, como atletismo, xadrez, natação, ténis, tiro, golfe, futebol, basquetebo­l e andebol.

Conforme Decreto Executivo conjunto dos Ministério­s da Saúde e das Finanças, respectiva­mente, a compartici­pação para os testes rápidos é de seis mil e 20 kwanzas para o teste serológico Elisa.

Já para o teste RT-PCR (o mais fiável) nas unidades sanitárias públicas, o Governo fixou o valor de AKz 75 mil de compartici­pação.

Dados disponívei­s indicam que nas clínicas privadas, para a realização dos testes RT-PCR o utente paga o valor de 180 mil kwanzas.

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DR Vila Clotilde vive dificuldad­es financeira­s para cobrir despesas com testes da Covid-19

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