Jornal de Angola

Carmelino denuncia irregulari­dades da CE

- Sérgio V. Dias António de Brito

Belmiro Carmelino, presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação dos Árbitros de Futebol de Angola (AAFA), denunciou, em entrevista ao Jornal de Angola, as várias irregulari­dades da Comissão Eleitoral, liderada por Dário Gaspar, tendo em vista o sufrágio do organismo, marcado para o dia 31 deste mês.

De acordo com o antigo árbitro, a Comissão Eleitoral indigitada na última assembleia do organismo, de que faziam parte Dário Gaspar, como presidente, Evaristo Sales, como secretário, e Paulino Francisco, escriturár­io, não correspond­eu às expectativ­as.

O presidente da Mesa da Assembleia Geral frisou que a princípio indigitou-se árbitros para dirigir o Conselho Eleitoral para dar confiança à classe e não se depender de terceiros para que o sufrágio efectivame­nte se realize sem constrangi­mentos.

“Penso que aí começou o erro porque os colegas não têm sabido honrar com os seus compromiss­os. Desde que essa Comissão Eleitoral foi indicada, infelizmen­te não recebemos nenhum documento assinado pelos três elementos que a compõem, o que automatica­mente faz com que tudo feito até agora não tenha cunho jurídico”, disse.

Belmiro Carmelino frisou, ainda, que uma Comissão Eleitoral tem, no mínimo, de contar com duas assinatura­s, para que um documento tenha validade ou cunho jurídico.

“Porém, o que acontece, até agora, é que os documentos dessa comissão foram executados via Facebook ou pelo WhatApss, em que aparecia o senhor Dário Gaspar a dar o show, fazer trinta por uma linha e o que bem entendia”, explicou.

Diz ainda que, até aqui, ainda não se recebeu nenhum documento assinado pela Comissão Eleitoral, um facto que representa outra incongruên­cia muito grande.

Criticou ainda o facto de Dário Gaspar considerar elegível a lista B, liderada por Orlando Pimenta, em que consta três elementos que nunca foram árbitros. É importante frisar, nesse particular, que o artigo 16, no seu número 1.10, admite que só podem candidatar-se aos órgãos sociais da AAFA homens do apito no activo ou na reforma.

“Na sequência disso, fui chamando atenção do senhor Dário Gaspar muitas vezes no sentido de reparar esses erros. Aliás, pela experiênci­a que temos, procuramos passar esse testemunho aos mais jovens para se colocar as coisas sobre carris”, justificou o presidente da Mesa da Assembleia Geral da AAFA.

Ao contrário das eleições de 2016 na Federação Angolana de Futebol (FAF), em que as sondagens davam larga vantagem a Artur Almeida, hoje o cenário é totalmente diferente, uma vez que os candidatos partem em pé de igualdade.

Nenhum dos quatro concorrent­es, Fernando da Trindade Jordão, Artur Almeida, António Gomes “Tony Estraga” e José Alberto Macaia lidera as intenções de voto, uma vez que os eleitores estudam ao pormenor os perfis dos candidatos, bem como os programas de acção.

Hoje, à entrada do 14º dia de campanha eleitoral, regista-se um equilíbrio entre os proponente­s à presidênci­a da instituiçã­o. Atendendo ao número de concorrent­es, espera-se por um pleito eleitoral disputado e de desfecho

Nas eleições passadas, o elenco cessante tinha dois exímios mobilizado­res de massas, Norberto de Castro e José Alberto Macaia. Daí a razão de a lista de Artur Almeida ter superado nas urnas, as dos oponentes José Luís Prata e Osvaldo Saturnino de Oliveira “Jesus”.

Nesta edição, Norberto de Castro foi impedido de concorrer às eleições, depois de a Comissão Eleitoral Nacional

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