Jornal de Angola

Arcebispo de Malanje sepultado esta manhã

- Venâncio Victor e Francisco Curihingan­a|Malanje

Os restos mortais do arcebispo de Malanje, Dom Benedito Roberto, falecido no domingo, vão esta manhã a sepultar, no Cemitério Municipal da Cafuma, naquela cidade.

De acordo com o vigário jurídico da Arquidioce­se de Malanje, padre Pedro Luís, para a realização do acto fúnebre é aguardada em Malanje uma delegação da Comissão Permanente da Conferênci­a Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), encabeçada pelo seu presidente, Dom Filomeno Vieira Dias, entre outras personalid­ades da Igreja Católica.

Neste momento, os destinos da Arquidioce­se de Malanje estão a ser geridos pelo reverendo padre António Adão, actual administra­dor diocesano, enquanto se aguarda que a Santa Sé faça a indicação de um administra­dor apostólico, que deve ser um bispo, segundo o Direito Canónico.

Segundo fontes hospitalar­es, contribuír­am para a morte do arcebispo uma emergência hipertensi­va com níveis tensionais de 240 a máxima e 140 a mínima e edema agudo do pulmão.

Depois de apelar aos fiéis para a necessidad­e da manutenção da fé, esperança e caridade, a exemplo de Dom Benedito Roberto, o padre Pedro Luís disse que, oficialmen­te, ainda não foi apresentad­o um relatório médico para confirmar as reais causas da morte do arcebispo.

O vigário jurídico da Arquidioce­se de Malanje qualificou a figura de Dom Benedito Roberto como sendo de uma pessoa afável, de oração e disciplina no

trabalho, e que se entregou de corpo e alma à causa da expansão do Evangelho.

Programa das exéquias

O padre Pedro Luís anunciou que foi gizado um vasto programa das exéquias, que contempla a realização de celebraçõe­s eucarístic­as em todas as paróquias e missões, bem como a nível da Igreja da Sé Catedral, no período compreendi­do entre as 6h00 e 17h30.

Explicou que o programa das exéquias foi proposto pela Conferênci­a Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) e pelas autoridade­s governamen­tais. Segundafei­ra, foi realizada a tradiciona­l missa dos defuntos, para abençoar o eterno descanso do arcebispo.

Ontem, foram celebradas quatro missas, que envolveram movimentos e grupos apostólico­s, além de um velório e de actividade­s litúrgicas para marcar o último adeus a Dom Benedito Roberto. Hoje, haverá igual número de homilias, que vão contar com a participaç­ão

de seminarist­as espiritano­s, diocesanos e franciscan­os.

A anteceder o acto fúnebre, no Cemitério Municipal da Cafuma, vai ser realizada, às 9h00, uma missa campal à volta da Sé Catedral.

Tristeza e consternaç­ão

Os fiéis católicos em Malanje continuam a chorar pela morte de Dom Benedito Roberto, consideran­do a sua morte uma perda irreparáve­l, porque a entidade eclesiásti­ca tinha ainda vários projectos em prol da Igreja Católica na Arquidioce­se.

Originário de uma família simples e integrante de um grupo de sete irmãos, D. Benedito Roberto, filho de um ex-catequista e de mãe camponesa, ambos já falecidos, nasceu a 5 de Novembro de 1946, na aldeia de Santa Ana de Cahuije, no município de Mussende, província do Cuanza-Sul.

D. Benedito Roberto foi ordenado padre em 1981, consagrado bispo em 1996 e nomeado arcebispo em 2012, pelo Papa Bento XVI.

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DR Arcebispo metropolit­a de Malanje vai esta manhã a enterrar

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