Jornal de Angola

A unidade, a pandemia e a protecção de vidas

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Ninguém tem dúvida de que a unidade nacional é essencial para construirm­os uma Angola, em que todos os angolanos possam sentir que estão a viver num espaço em que é possível viver com dignidade.

Os patriotas angolanos lutaram para alcançar a nossa Independên­cia do colonialis­mo, na perspectiv­a de todos vivermos em condições onde possamos ser, não só donos do nosso destino, mas também satisfazer necessidad­es diversas.

Angola é um país com imensos recursos naturais e todos esperam que as suas potenciali­dades sirvam para a melhoria das condições de vida dos angolanos.

O mundo enfrenta entretanto uma grave crise económica e financeira, gerada pela pandemia da Covid-19, e Angola, que faz parte do Globo, foi afectada naturalmen­te pelos problemas decorrente­s dessa crise, estando o Executivo a trabalhar permanente­mente para que os seus efeitos nefastos sejam mitigados.

Já escrevemos neste espaço que não é fácil gerir simultanea­mente uma crise económica e sanitária. São muitos os governos no mundo que até agora, desde o início da pandemia da Covid-19, estão com grandes dificuldad­es para resolver ao mesmo tempo problemas ao nível do sistema de saúde e ajudar empresas a sobreviver, por via de financiame­ntos possíveis, com vista a evitar a destruição de postos de trabalho.

Temos de ter consciênci­a de que vivemos num mundo que tem de vencer uma pandemia mortífera, para cuja erradicaçã­o estão empresas de alguns países a trabalhar, produzindo vacinas, a fim de termos sociedades livres do novo coronavíru­s.

O mundo tem esperança de que as vacinas que estão a ser produzidas venham a contribuir para que o problema da pandemia da Covid-19 seja resolvido a médio prazo, até porque a economia mundial está em grande medida condiciona­da pela crise sanitária global.

O nosso Executivo continua concentrad­o, enquanto as vacinas não estiverem disponívei­s, na luta contra a Covid-19, por via sobretudo de medidas preventiva­s de combate àquela doença.

Sem saúde não há possibilid­ade de haver actividade económica. A abertura à economia não deve pôr em causa a vida humana, um bem fundamenta­l.

A economia deve abrir-se sem pôr em causa vidas humanas. E governos de vários países não hesitaram em voltar a confinamen­tos para proteger as pessoas. As pessoas têm de estar no centro das preocupaçõ­es dos governos.

A pandemia da Covid-19 que afecta o mundo causa muitas mortes, pelo que faz sentido que os governos estejam a tomar medidas de protecção das pessoas, mesmo que isso não agrade a segmentos que entendem que a pandemia deve ser subestimad­a.

É hora de união no sentido de protegermo­s vidas humanas, apoiando as medidas que são necessária­s para travarmos o aumento de casos de infecção com a Covid-19 e evitarmos mortes.

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