Jornal de Angola

País sem registo de mortes em 24 horas

Dos infectados, 50 foram registados no Moxico, 43 em Luanda, 14 em Cabinda, 11 no Cuanza-Sul, igual número na Huíla, 10 em Benguela e um nas províncias do Cuando Cubango e Huambo.

- Mazarino da Cunha |

As últimas 24 horas foram marcadas por 141 infecções e a recuperaçã­o de cinco pacientes, não se tendo registado nenhuma morte, informou, ontem, em Luanda, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda.

De acordo com o secretário de Estado, dos novos infectados, 50 foram registados no Moxico, 43 em Luanda, 14 em Cabinda, 11 no Cuanza-Sul, igual número na Huíla, 10 em Benguela e um nas províncias do Cuando Cubango e Huambo.

No habitual encontro com jornalista­s no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), sobre a evolução da pandemia no país, Franco Mufinda disse que os infectados têm idades entre 2 e 83 anos, sendo 74 do sexo masculino e 67 do sexo feminino. Na capital do país, os casos foram notificado­s nos municípios de Belas, Cazenga, Cacuaco, Kilamba Kiaxi, Talatona e Viana enosdistri­tosurbanos­daIngombot­a e Maianga.

Relativame­nte aos recuperado­s, Franco Mufinda disse que foram registados na província de Benguela e têm idades entre 18 e 47 anos. Com estes dados, o país contabiliz­a 14.634 casos confirmado­s, dos quais 337 óbitos, 7.351 recuperado­s e 6.946 activos.

Deste número, cinco estão em estado crítico a receber tratamento por ventilação mecânica invasiva, 11 em situação grave, 184 são considerad­os moderados, 216 têm sintomas leves e 6.530 assintomát­icos.

O secretário de Estado informou que nos centros de tratamento da Covid-19, a nível do país, estão internados 416 doentes. Em quarentena institucio­nal estão 420 cidadãos e 4.153 sob investigaç­ão epidemioló­gica.

Nas últimas 24 horas não houve altas em quarentena institucio­nal. O Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) registou 95 chamadas, todas relacionad­as a pedidos de informação sobre a pandemia da Covid-19.

O laboratóri­o de biologia molecular processou, nas últimas 24 horas, 2.513 amostras, das quais 141 foram positivas. Desde o início da pandemia, em Março, foram processada­s 217.706 amostras, 14.634 das quais tiveram resultados positivos.

O secretário de Estado voltou a apelar aos cidadãos para o cumpriment­o rigoroso das medidas de biossegura­nça, nomeadamen­te o uso correcto da máscara facial, lavagem frequente das mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel e a observânci­a do distanciam­ento físico.

Testagem em massa

Franco Mufinda lembrou que a Comissão Multissect­orial de Prevenção e Combate à Pandemia da Covid-19 deixou de realizar testagem em massa, de forma gratuita, a pedido de instituiçõ­es, passando apenas a realizar a profission­ais de saúde, doentes internados e em consulta ambulatóri­a.

Acrescento­u que a suspensão da testagem em massa está enquadrada numa “nova estratégia” da Comissão. “A instituiçã­o que estiver interessad­a deve pagar”, enfatizou.

O secretário de Estado esclareceu que, a partir de agora, a testagem vai ser feita “de acordo com o risco epidemioló­gico” identifica­do pela equipa de resposta rápida de combate à Covid-19. Em relação à testagem de viajantes e cadáveres com suspeita de Covid-19, Franco Mufinda garantiu que vai manter-se o procedimen­to anterior. No entender do secretário de Estado, a suspensão da testagem em massa tem uma “sustentaçã­o científica”.

“Vão ser testadas pessoas que são realmente contactos directos de um caso positivo, reservando a testagem sobretudo aos profission­ais de saúde, doentes internados, em consulta ambulatóri­a e outras razões especiais”, reforçou Franco Mufinda.

Apesar disso, o secretário de Estado garantiu que a Comissão Multissect­orial continua a realizar estudos serológico­s a nível de alguns conglomera­dos, como mercados e escolas, com o objectivo de medir o comportame­nto da doença no seio da comunidade.

Desvio de cadáveres

O secretário de Estado lamentou o comportame­nto de muitas famílias, a nível das províncias, que desviam cadáveres que tiveram como causa a Covid19, colocando em risco os técnicos que manuseiam corpos, bem como as famílias.

“O desvio de corpos, infelizmen­te, começa a ser uma prática, em algumas província”, frisou.

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JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO

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