Jornal de Angola

Espaço Casa do Zouk promove arte africana

- Manuel Albano

A Casa do Zouk tem sido, nos últimos anos, um espaço de promoção da arte e cultura de matriz africana, na transmissã­o de uma sequência de conhecimen­tos à nova geração, disse, ontem, em Luanda, o gestor do espaço.

Luís Paulo, que fez uma retrospect­iva, ao Jornal de Angola, das actividade­s feitas em tempo de pandemia, destacou a riqueza e força da cultura angolana, apesar de considerar fundamenta­l haver um maior interesse público por esta, sobretudo, dos jovens.

Nos últimos anos, adiantou, a Casa do Zouk, editou vários livros, como “Mumbala e Uanga”, de Gilberto Pacos, “A Influência da Diplomacia Angolana na África Austral” e “O Arrendamen­to Urbano em Angola” dos jornalista­s António Nascimento e Domingos Isata, respectiva­mente, como forma de mostrar que pretende trabalhar em prol da promoção e valorizaçã­o dos criadores nacionais.

Outros títulos como “Bêa-Bâ de António Agostinho Neto e José Eduardo dos Santos” e “Gigantes do Zouk”, do próprio Luís Paulo, foram provas da afirmação que a cultura de matriz africana começa a ter no país.

O livro “Gigantes do Zouk”, lançado o ano passado, contou, teve grande repercussã­o. “Devido a pandemia teve de ser cancelada a apresentaç­ão nas províncias do Huambo, Benguela e Cabinda. Na diáspora, o livro seria apresentad­o em França, após a tradução para francês”. O livro narra a história do zouk e de alguns dos seus intervenie­ntes, resultante de uma pesquisa de anos sobre o popular ritmo de raízes africanas.

Além da literatura, o espaço também tem aberto as portas às demais artes. Ao longo dos anos foram realizadas, disse, diversas exposições, assim como espectácul­os de dança tradiciona­l. “Mesmo sendo um espaço reduzido, temos uma estrutura a altura dos espectácul­os”, revelou.

Localizado na Zona Verde, de Benfica, o espaço foi criado há oito anos como tributo ao género musical zouk. “É uma espécie de museu do zouk, com dez mil álbuns originais de músicos nacionais e internacio­nais. O projecto surgiu para contar a história deste género musical e todos os outros que apareceram por seu intermédio, como a kizomba”.

Inaugurado em Junho de 2012, o espaço possui um salão para espectácul­os, com 350 lugares, e uma área para produção musical.

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DR Luís Paulo pede maior interesse aos jovens

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