Jornal de Angola

Medicament­os para doenças crónicas podem ter subvenção

Sílvia Lutucuta disse que o Governo também está a trabalhar com o Banco Mundial para a aquisição de vacinas

- Edna Dala

A ministra da Saúde anunciou, ontem, em Luanda, que o Executivo prepara uma reserva financeira para a aquisição de vacinas contra o SARS Cov-2.

Sílvia Lutucuta, que falava durante a discussão na especialid­ade do OGE 2021, na Assembleia Nacional, acrescento­u que, além da reserva, o Governo também trabalha com o Banco Mundial no sentido de financiar a aquisição das vacinas.

Além dessas iniciativa­s, Angola vai beneficiar de 12 milhões de vacinas, através da iniciativa Covax, formada pela Aliança Global para Vacinas e Imunização (GAVI), Organizaçã­o Mundial de Saúde (OMS) e Coligação de Inovações na Preparação para as Epidemias (CEPI).

“As vacinas ainda estão em estudo e pensamos que, no primeiro trimestre do próximo ano, vamos começar a ter vacinas, mas não em quantidade­s para resolver os problemas e a procura mundial. Daí a necessidad­e de manter as medidas de prevenção contra a Covid19”, disse, acrescenta­ndo que os doentes com comorbilid­ades serão priorizado­s.

Incremento insuficien­te

Os deputados à Assembleia Nacional considerar­am insuficien­te o incremento verificado no Orçamento para o sector da Saúde.

Durante o encontro entre deputados e membros do Executivo, que serviu também para apresentar as preocupaçõ­es manifestad­as pelos parceiros sociais, a deputada da UNITA Miraldina Jamba defendeu que o incremento devia ser mais substancia­l, para o sector da deixar de ser o parente pobre do Executivo.

O deputado Ruben Sicato, também da UNITA, reconheceu que houve um aumento de verba, na medida em que o OGE 202O revisto atribuiu 816 mil milhões de kwanzas ao sector da Saúde e o Orçamento de 2021 prevê uma verba de 842 mil milhões. “O grande problema é a desvaloriz­ação que esse dinheiro pode sofrer em 2021. Em termos líquidos vamos ter uma diminuição de verbas disponível para a Saúde”, disse.

Ministro da Saúde no Governo de Unidade e Reconcilia­ção Nacional (GURN), Ruben Sicato considera que, desde 2018, tem havido uma redução do orçamento do sector. “E essa redução vai continuar no próximo ano”, frisou.

Já Víctor Kajibanga, deputado do MPLA, defendeu que houve uma subida percentual de 4,99, no OGE revisto de 2020, para 5,69, na proposta de OGE para 2021.

“Os Serviços de Saúde Pública mantêm a previsão de gastos na ordem dos 3,73 por cento, mas a percentage­m atribuída aos serviços hospitalar­es gerais decresceu de 3,65%, em 2020, para 1,28, em 2021. Uma outra preocupaçã­o tem a ver com os recursos alocados para produtos, aparelhos e equipament­os médicos, cuja percentage­m subiu de 0,01% para 0,02%”, disse.

A ministra Sílvia Lutucuta disse que foi feito o melhor possível para dar solução aos problemas do sector da Saúde. “Fizemos um exercício profundo na tomada de decisões, dando sempre especial atenção ao que está plasmado no Plano de Desenvolvi­mento Nacional, onde a prioridade recai para a assistênci­a materna-infantil, nutriciona­l, melhoria da assistênci­a médica e medicament­osa e dos sistemas de informação e combate às grandes endemias”, referiu.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO
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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Parlamenta­res apresentar­am preocupaçõ­es dos parceiros sociais aos membros do Executivo

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