Líbios exortados a assumir compromisso
A França, Reino Unido, Itália e Alemanha ameaçaram, segunda-feira, com sanções quem dificultar as negociações inter-líbias visando o estabelecimento de instituições de transição até às eleições marcadas para Dezembro de 2021.
“Estamos prontos a tomar medidas contra quem entravar o Fórum para o Diálogo Político Líbio e as outras vias do processo de Berlim, assim como quem continuar a pilhar fundos estatais ou a cometer abusos dos direitos humanos no país”, disseram os quatro Governos europeus num comunicado conjunto citado pela Efe.
“Apelamos a todas as partes internacionais e líbias a absterem-se de qualquer iniciativa paralela e não coordenada, que se arrisca a minar os esforços das Nações Unidas”, adiantam no texto divulgado pela Presidência francesa.
Os rivais líbios iniciaram, na segunda-feira, uma segunda ronda de negociações, após uma primeira reunião em meados de Novembro em Túnis que permitiu um acordo para eleições a 24 de Dezembro de 2021, mas não sobre os nomes dos dirigentes durante a transição.
Os delegados devem designar um chefe de Governo e os três membros de um conselho presidencial constituindo o Executivo que deverá substituir as actuais instituições rivais.
“Tal resultado enviará um sinal forte de unidade e de apropriação pelos líbios do futuro político do seu país”, sublinham Paris, Londres, Roma e Berlim, criticando qualquer “status quo” e “interferência estrangeira”.
As partes em conflito acordaram um cessar-fogo mediado pela ONU no mês passado em Genebra, incluindo a saída da Líbia das forças estrangeiras e mercenários num prazo de três meses. Mas ainda não foi anunciado qualquer progresso sobre a questão um mês depois da assinatura do acordo.