Tribunal condena pastores da IURD
Um bispo e dois pastores da ala brasileira da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) foram condenados, ontem, a 45 dias de prisão, com pena suspensa, pela 14ª secção da sala de crimes comuns do Tribunal Provincial de Luanda.
Foram também condenados três seguranças de uma empresa privada, todos eles pelos crimes de injúria contra autoridade policial.
Os réus responderam igualmente pelos crimes de desobediência e agressão contra o comandante da Esquadra do Talatona.
Do total de réus, apenas dois (seguranças da empresa privada) foram absolvidos pela Justiça.
Caso não paguem, em seis meses, a indemnização de mais de 200 mil kwanzas, os réus deverão ser recolhidos à cadeia, para o cumprimento da pena de prisão efectiva.
Segundo a Angop, na essência, os arguidos foram acusados de agredir e proferir injúrias contra o comandante da Esquadra do Talatona, na passada semana.
O caso ocorreu quando as forças de segurança tentavam apaziguar um desentendimento entre integrantes da IURD, motivado pelo impedimento do acesso a uma das residências do condomínio dos responsáveis daquela congregação.
A IURD Angola enfrenta uma crise interna que começou a agudizar-se a 28 de Novembro de 2019, altura em que 300 fiéis angolanos, entre pastores e bispos, acusaram, pela primeira vez, bispos brasileiros do cometimento de crimes. À época, os servidores angolanos assinaram uma petição e denunciaram as supostas práticas ilegais à Procuradoria Geral da República, que instaurou um processo-crime, ainda sem resultados.