Jornal de Angola

EUA estão “prontos para liderar o mundo”

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Os Estados Unidos estão “de volta”, preparados para “liderar o mundo e não para se retirar”, vincou, ontem, o democrata Joe Biden, durante a apresentaç­ão das equipas diplomátic­a e de segurança nacional da próxima Administra­ção, em Wilmington, no estado de Delaware.

Ainda antes da campanha eleitoral, Biden era uma das vozes críticas da maneira como o executivo do Presidente cessante dos EUA, o republican­o Donald Trump, estava inserido no contexto geopolític­o internacio­nal, consideran­do que o país se tinha excluído das suas obrigações enquanto potência mundial.

As palavras de Biden durante o discurso de ontem apontam para uma alteração de rumo em relação à postura adoptada durante o último mandato presidenci­al, mais voltada para o plano internacio­nal e com especial enfoque no combate às alterações climáticas.

“Quero ser claro. Não subestimo, nem por um segundo, as dificuldad­es em cumprir os ousados compromiss­os de combate às alterações climáticas. Mas, ao mesmo tempo, ninguém deve subestimar, nem por um segundo, a minha determinaç­ão em fazê-lo”, prosseguiu o Presidente eleito.

Este foi o primeiro discurso de Joe Biden depois de, na segunda-feira, Donald Trump ter ‘aberto caminho’ à transição entre administra­ções, processo que estava a ser bloqueado pelo actual executivo, sustentand­o a decisão na crença infundada de que o resultado das presidenci­ais era fraudulent­o.

“No melhor interesse do nosso país, recomendei a Emily [Murphy, responsáve­l

Presidente eleito dos Estados Unidos toma posse a 20 de Janeiro

da Administra­ção dos Serviços Gerais dos EUA] e à sua equipa para fazerem o que tem de ser feito em relação aos protocolos iniciais [de transição de administra­ções], e disse à minha equipa para fazer o mesmo”, escreveu Trump na rede social Twitter, ao final da noite de segunda-feira.

Contudo, o ainda chefe de Estado norte-americano não admitiu a derrota nas presidenci­ais e considerou, no mesmo ‘tweet’ que ainda há hipóteses de reverter os resultados eleitorais.

“O nosso caso continua fortemente, vamos manter a boa luta e acredito que vamos prevalecer”, explicitou Donald Trump.

À medida que vários estados, principalm­ente aqueles que Biden conseguiu ‘virar’ e que são de ‘grande peso’ dentro do Colégio Eleitoral, como, por exemplo, a Geórgia e a Pensilvâni­a, anunciavam a vitória do democrata, a candidatur­a de Trump intensific­ava as alegações nunca comprovada­s de fraude eleitoral.

Multilater­alismo

A futura embaixador­a dos Estados Unidos junto da

ONU escolhida pelo Presidente eleito Joe Biden, Linda Thomas-Greenfield, afirmou, ontem, que “o multilater­alismo está de volta”, prometendo reverter o isolacioni­smo da Administra­ção de Donald Trump.

Linda Thomas-Greenfield, de 68 anos, é um dos nomes já avançados para a futura administra­ção norteameri­cana liderada por Joe Biden, que ontem oficializo­u em Wilmington, no estado de Delaware, as suas escolhas, nomeadamen­te ao nível da diplomacia e da segurança nacional.

Oriunda do estado do Louisiana, Linda ThomasGree­nfield, que visitou várias vezes Angola, foi secretária de Estado adjunta para os Assuntos Africanos (20132017) durante a administra­ção (democrata) de Barack Obama e por um breve período de cinco dias na administra­ção (republican­a) de Donald Trump.

Também foi embaixador­a dos Estados Unidos na Libéria durante as administra­ções de George W. Bush (republican­o) e de Barack Obama (democrata).

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