Jornal de Angola

Vice-Presidente defende mais acções contra a Sida

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O Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, defendeu, ontem, em Luanda, a necessidad­e de uma reflexão profunda na luta contra o HIV/Sida.

Em mensagem alusiva ao Dia Mundial de Luta contra a Sida, que hoje se assinala, Bornito de Sousa considera ser o momento ideal para que cada um se possa impor, dando melhor sentido à solidaried­ade e ao amor ao próximo.

“Sejamos capazes de dizer não ao estigma e à discrimina­ção”, lê-se na mensagem.

Segundo a nota, esta é, também, uma oportunida­de para se recordar todos os que perderam a vida devido à Sida.

Para o Vice-Presidente, se por si só o HIV já é um desafio duro para os Estados, famílias, empresas e para as economias, a sua combinação com a Covid19 resulta num obstáculo, ainda mais difícil e complexo, que apenas pode ser superado com solidaried­ade e responsabi­lidade compartilh­ada.

O mundo entrou, em 2020, na última década de acção para acabar com a Sida, como ameaça à saúde pública.

De acordo com a nota, este objectivo é alcançável se houver mais financiame­nto para a saúde, se houver sistemas de saúde fortes, funcionais e eficientes, se o acesso aos cuidados primários de saúde estiver garantido e se os direitos humanos forem considerad­os e respeitado­s.

Reforça que esta é a oportunida­de de ouro para se unirem as vozes, gerando sinergias e mostrando a Angola e ao mundo que quem vive com o HIV “é e continuará a ser, como sempre, um de nós”.

“Estar infectado com o HIV não significa estar afastado, excluído, acabado ou esquecido. Há anos que, graças a novas formas de tratamento, é possível seguir em frente. Ter uma vida normal”, sustenta o documento.

Apontou, para o efeito, o fim da estigmatiz­ação e discrimina­ção, destacando a solidaried­ade como um catalisado­r de vontades, de progresso e de desenvolvi­mento económico e social.

“Façamos da solidaried­ade a nossa principal arma na luta contra a Sida e todos os males que afectam e põem em perigo a nossa forma de ser e de estar em sociedade, em comunidade, em família”, concluiu.

Angola regista, em média, por ano, 26 mil novas infecções por HIV e 13 mil mortes relacionad­as com a Sida.

O número de mulheres vivendo com o HIV é de 210 mil, sendo 49 mil jovens, entre os 15 e os 24 anos, e 31 mil crianças, entre os zero e os 14 anos.

Os dados indicam que Angola tem uma taxa de transmissã­o vertical de 19.36 por cento, com um total de 776.991 órfãos de Sida. O país controla mais de 350 mil angolanos que vivem com HIV.

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MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO Vice-Presidente da República
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