Alívio beneficia 58 empresas
Adiamento do pagamento das contribuições fiscais e contributivas e o acesso a novas linhas de financiamento foram apontadas como as medidas mais requisitadas além da moratória de pagamento de crédito
Cerca de 58 pequenas e médias empresas, no mês de Outubro, beneficiaram de apoios diversos, no quadro das medidas de alívio ao impacto da Covid-19 nos negócios, segundo o mais recente inquérito divulgado pelo Banco Nacional de Angola.
De acordo com o relatório, foram validados inquéritos de 436 dos 441 submetidos, dos quais 195 são de microempresas, 166 de pequenas e 75 de médias.
Entre as medidas de que mais beneficiaram, as empresas reportaram ao BNA o adiamento do pagamento das contribuições ¬fiscais e contributivas (6,2 por cento), o acesso a novas linhas de -financiamento (4,4) e a moratória de pagamento de crédito (3,0).
Segundo o mesmo documento, as empresas que mais beneficiaram destes apoios mais de 140 pertencem aos sectores das actividades imobiliárias (33,3 por cento ou), 130 às actividades administrativas e dos serviços de apoio (30,0), 109 às actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas (25,0) e 88 à agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (20,3%).
Sobre as dificuldades encontradas para aceder-se aos apoios disponíveis, na banca fundamentalmente, 224 das empresas (51,4 por cento) apontaram a burocracia como o principal entrave, 71 (16,3 por cento) alegaram situações como falta de informação, 44 (10,3 por cento) acham inadequadas as medidas, enquanto mais de 16 (3,7 por cento) referiu não precisar de apoio.
Entre as empresas que mais dificuldades tiveram para aceder às medidas de apoio, segundo o inquérito, 228 (52,4 por cento) eram micro e pequenas empresas.
Do ponto de vista sectorial, o destaque recai para a agricultura e pesca (70,3 por cento), actividades administrativas e dos serviços de apoio (60,0), outras actividades de serviços (59,2) e actividades de saúde humana e acção social (58,9).
Em Outubro, a situação financeira das empresas agravou-se ligeiramente, na medida em que 77,8 por cento das empresas enfrentaram dificuldades financeiras. A falta de liquidez lidera a lista das principais dificuldades financeiras das empresas com 26,6 por cento, seguida da ausência de encomendas/clientes (16,1), salários em atraso (10,3) e incumprimento de dívidas com fornecedores (7,3).
Nesse período, apenas 0,7 por cento das empresas (menos de quatro) declararam ter encerrado definitivamente as actividades.
O encerramento temporário da actividade foi mais evidente nas micro e pequenas empresas (70/16,1 por cento), enquanto que por sector de actividade, foram mais atingidos os sectores dos transportes e armazenagem (121/27,8 por cento), actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas e agricultura e pesca (109/25 por cento para ambas).