“A data deveria ser um feriado nacional”
O secretário provincial da UNITA, em Malanje, defendeu, ontem, que o 4 de Janeiro, Dia dos Mártires da Repressão Colonial, deve ser um feriado e não apenas uma data de celebração nacional.
Mardanês Calunga, que falava por ocasião da efeméride, considera que o 4 de Janeiro de 1961 marca um momento importante da história de Angola, pois reflecte a determinação dos angolanos contra a exploração e a opressão portuguesa.
O político recordou que a data constitui um dos primeiros actos de bravura e de manifestação do nacionalismo angolano e defendeu a importância dos governantes do país reconhecerem o significado histórico do 4 de Janeiro. “A data deveria ser um feriado nacional e não apenas uma data de celebração nacional”, defendeu.
O secretário provincial da UNITA sublinhou ainda que a partir do 4 de Janeiro seguiram-se outras formas de manifestação anti-colonial. Segundo Mardanês Calunga, o 4 de Janeiro é uma data que também inspira os angolanos contra todo tipo de dominação estrangeira e neocolonialismo.
O dirigente partidário exortou a todos aqueles que viveram a repressão colonial a contarem os factos tal como aconteceram e admitiu que, por falta de base política, a data não tem a relevância que merece.
Mardanês Calunga defendeu ainda a necessidade de os historiadores irem cada vez mais à busca de mais dados sobre os acontecimentos do massacre da Baixa de Cassanje e que contem os factos como aconteceram, para que a data não seja vista de forma despercebida .