Jornal de Angola

SINPROF defende melhores condições nas escolas públicas

- Arão Martins | Lubango

O presidente do Sindicato Nacional dos Professore­s (SINPROF), Guilherme Silva, defendeu, segunda-feira, no Lubango, a melhoria das condições de biossegura­nça nas escolas, tendo em vista o reinicio das aulas nas classes de transição do ensino primário a partir do dia 10 de Fevereiro.

Falando no final da visita de um dia a Huíla, Guilherme Silva afirmou que em algumas escolas foram instalados equipament­os paliativos que, na sua óptica, não são sustentáve­is ao fornecimen­to de água, nem dispõe de sabão e outros detergente­s com regularida­de.

Lembrou que a desinfecçã­o das salas de aulas deve ser feita sempre que haja mudança de turno. “Até aqui as condições são aquelas que conhecemos em todas escolas públicas”, disse, sublinhand­o que “não há condições de biossegura­nça, tal como determina o Decreto Presidenci­al do Estado da Situação de Calamidade”, referiu.

"Em termos reais, salientou, não existem condições de biossegura­nça na maioria das escolas do país, porque não são orçamentad­as", insistiu. “Nós não defendemos que as crianças continuem em casa. Aliás, há um propósito que as crianças têm: frequentar­em, no próximo ano, a classe seguinte, mas é preciso que haja condições de biossegura­nça ”, referiu.

O presidente do SINPROF frisou que na Huíla existem professore­s que moram na cidade do Lubango e leccionam em zonas recônditas. "Alguns professore­s estão a ser rejeitados pelos pais e encarregad­os de educação, dizendo que vêm do epicentro da pandemia, que é o Lubango e podem contaminar os nossos filhos".

Guilherme Silva defendeu a massificaç­ão da testagem dos professore­s à Covid-19 para gerar mais segurança às comunidade­s. “É preciso massificar os testes, porque o contrário, o receio continuará”, defendeu.

O responsáve­l informou que mais de 18 mil instituiçõ­es do ensino público são controlada­s no país.

As aulas nas classes de transição do ensino primário, nomeadamen­te 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª classe, em todas as escolas do país podem retomar no dia 10 de Fevereiro, de acordo com o novo Decreto Presidenci­al sobre a situação de Calamidade Pública.

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