Jornal de Angola

Angola apela à contribuiç­ão dos Estados-membros para o combate ao terrorismo

Secretária de Estado para a Relações Exteriores lembrou que a paz e a segurança são objectivos não só do Golfo da Guiné, mas também da África Central e da Região dos Grandes Lagos

- Edna Dala

Angola apelou, ontem, a uma maior contribuiç­ão financeira dos países membros da Comissão do Golfo da Guiné, para um combate eficaz contra o terrorismo e outros males que ameaçam a paz e a segurança na região. O posicionam­ento foi manifestad­o, ontem, em Luanda, pela secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, depois da apresentaç­ão do secretário executivo adjunto para os Assuntos Políticos da Comissão do Golfo da Guiné.

Angola defendeu, ontem, maior financiame­nto dos países membros da Comissão do Golfo da Guiné, para garantir um combate eficaz contra o terrorismo e outros males que ameaçam a paz e a segurança na região.

O posicionam­ento foi manifestad­o, em Luanda, pela secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, depois da cerimónia de apresentaç­ão do secretário executivo adjunto para os Assuntos Políticos da Comissão do Golfo da Guiné, o diplomata angolano Afonso Evaristo Eduardo “Inguila”.

Esmeralda Mendonça defendeu que os Estadosmem­bros devem traçar estratégia­s para pôr fim a todo este movimento que assola o Oceano Atlântico. Uma das estratégia­s, esclareceu, passaria pela concertaçã­o, entre os países do Golfo da Guiné, de algumas acções, bem como pelo financiame­nto, que os permitiria munirem-se de meios para combater o terrorismo marítimo.

A secretária de Estado lamentou que, nos últimos tempos, o Golfo da Guiné tem sofrido vários ataques, com destaque para a pirataria marítima e outros ilícitos. Com efeito, apelou à concertaçã­o dos Estados-membros para fazer face à situação. Afirmou que essa acção contribuir­á, de certa forma, para o desenvolvi­mento da região.

Para tal, é preciso dinheiro, mas Esmeralda Mendonça admitiu que o financiame­nto é,ainda,umproblema­naComissão do Golfo da Guiné. Garantiu, entretanto, que tem-se trabalhado para inverter o quadro.

Lembrou que a paz e a segurança são objectivos não só a nível do Golfo da Guiné, mas também da África Central e da Região dos Grandes Lagos. "É nisso que estamos a trabalhar, no sentido de vermos o continente com paz e segurança para o seu desenvolvi­mento", disse.

Segundo a governante, a indicação do embaixador Afonso Eduardo, para o cargo de secretário executivo adjunto da Comissão do Golfo da Guiné, demonstra a importânci­a que as autoridade­s angolanas atribuem à organizaçã­o.

A indicação, acrescento­u, é, também, o compromiss­o de Angola continuar a cooperar com a organizaçã­o na busca de soluções para os problemas conjuntura­is que afligem os países-membros, de forma particular, os que podem constituir-se numa ameaça generaliza­da para a região.

Por intermédio da Comissão do Golfo da Guiné, disse, os Estados-membros podem desenvolve­r competênci­as que permitam a exploração racional e concertada dos recursos energético­s e marítimos da região para o benefício das respectiva­s populações.

O director administra­tivo da Comissão do Golfo da Guiné concordou com a secretária de Estado para as Relações Exteriores, ao afirmar que a disponibil­ização de meios humanos, financeiro­s e logísticos para o funcioname­nto normal não tem sido o ponto forte da organizaçã­o.

Benjamin Mibuy disse que, apesar das deficiênci­as a este respeito, os funcionári­os continuam a ser incentivad­os a trabalhar para a melhoria e reafirmaçã­o da organizaçã­o.

Mibuy, que falou em nome da secretária executiva da Comissão do Golfo da Guiné, Florentina Adenike Ukonga, agradeceu ao Presidente João Lourenço, pelo permanente apoio humano, financeiro e logístico à organizaçã­o.

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CEDIDA Esmeralda Mendonça admitiu que o financiame­nto é, ainda, um problema na organizaçã­o

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